domingo, novembro 27, 2005

um lugar português

planalto agreste
desolado
frio e vento vertendo serranias
um sopro de lonjura vindo de Castela
uma lonjura imensa entre a minha aldeia e o mundo

nasce-se e morre-se e pouca gente dá conta

faz-me pensar um lugar assim
que quem nasceu nele
e o viu seco pelo sol
abanado pelo vento
só pode amá-lo muito
ou fugir dele

afinal ser português é isso
ficar e partir

e não é menos português quem parte
nem ama menos o lugar

entre ele a distância e o chegar
cresce um espaço enorme
(sentimento prtuguês)

porque ficamos sempre ali
e estamos sempre longe

Sem comentários:

Enviar um comentário

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...