o vento às vezes solta o norte
sinto um arrepio
é tanta coisa que ele me traz
que fico a pensar
na janela em Lisboa escancarada
se aquela lufada de ar prenhe de tudo
gente
recordações
imagens
palavras
lugares
se tudo apenas valeu o que valeu
teve o sabor que teve e mais nenhum
se quando eu fechar esta janela
e virar silêncio
pequenez
nada
quando já não ouvir o silvo do vento
nem sentir a minha fonte
onde ficará tudo o que existiu comigo?
esse espaço imenso
único
a semente o fruto o esplendor o sofrimento
o espaço ocupado com os passos e com a ideia
vivido
tantas vezes transformado
virará vazio assim sem mais nem menos
como um simples fechar de uma janela?
no mínimo
acharia um enorme desperdício
e custa-me a crer
que Deus nos fizesse uma coisa dessas
terça-feira, novembro 22, 2005
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