sábado, novembro 26, 2005

mergulho na memória

fecho profundamente os olhos
mergulho na memória
há retalhos de mim por tantos lados
parecem vidas distintas
pequenos excertos
aqui ali acolá
com pétalas e cardos
consoante Deus estava mais ou menos lá

por aí disperso
apenas o núcleo de referência
me tem mantido uno
e fiel a um caminhar principal

o tempo será quem faz o resto
não fico em lado nenhum porque ninguém fica
irei não sei bem onde porque ninguém sabe
mas sei que terei que ir para qualquer lado

que será da memória toda
que é luz e vida e som
e gente muita gente
quando não existir o ser que a ela se ligou?

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