entre o top que usavas e a sainha
vi um dia
um pedacinho de ti
que não mais esqueci
falavas
eu tentava acompanhar
a voz e o gesto
num esforço visível
incapaz de me concentrar
ouvia como podia
seguia o teu olhar
baixava e levantava os sentidos
sem conseguir atinar
céus que impaciência
que maneira de sentir
que forma de desejar
quem sente assim
quem deseja assim
só pode achar o resto escasso
e a sua existência nada
era como estar no escuro
e espreitar por um qualquer furo
toda a luz
um pedacinho de ti
alvo e breve
com todo o sabor a mel
a doce
e a sal
compreendi ali
que espreitar não é o mesmo que agarrar
até o leão sabe isso
em abraço mortal
agarra a presa boa
e fica nela
porque ele sabe que a presa foge
e se não lutar por ela
qualquer outro caçador
a vai caçar
quinta-feira, novembro 24, 2005
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