domingo, novembro 27, 2005

a tua mão

só via chão
contornos enviezados de betão
ruínas
um cheiro a morte
palavrões que não faziam sentido
acho que estava no mundo dos mortos-vivos

não sei se abri os olhos fechados pela vigília
colados para não querer ver mais
não sei se me chamaste
não sei o que aconteceu comigo
não sei o teu nome

só me lembro da tua mão
naquela noite por amanhecer
estendida
tão frágil quase como eu
mas estendida
a que me agarrei
e que me salvou a vida

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