olhava as ondas rebentar contra os rochedos
os meus olhos abrangiam a costa toda até deixar de se ver
imenso era o céu em cima
que emprestava silêncio ao barulho do mar
numa espécie de promontório
tentava esticar os sentidos para lá do que se via
sempre na ânsia de poder ver mais
e talvez no engodo de que algo de belo pudesse acontecer
punha-me em bicos de pés
quase caía
esquecia tudo
mas nunca acontecia nada
o mar é mar e o céu é céu
o promontório é apenas um conjunto de pedras grandes
e se há deusas no mar
sereias
ondas de prata a envolverem anjos
nunca as vi
a coisa maior que me ocorre sempre
quando faço isto e me ponho a olhar o mar
(que encobre até um certo desencanto)
é a memória do Infante
e do que ele deve ter visto e sonhado
entre medos e nevoeiros cerrados
olhando este infinito mar
depois mundo português
quinta-feira, novembro 24, 2005
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