terça-feira, novembro 22, 2005

dançávamos pela noitinha


dançávamos pela noitinha
a música ecoava sons languidos
de guitarras
vozes tão acertadinhas
que eu e ela e a música
formávamos um único sentimento
tão forte
tão intenso
que não era preciso fazer nada
para que o corpo e o resto ganhassem movimento
o vestido dela era de uma seda fina
macio
com um colorido de matizes
que tinham mais calor que o próprio Sol
as suas mãos tremiam com impulsos pequeninos
nas minhas
não era preciso dar beijos
nem abrir os olhos
ou soltar uma lágrima
tudo acontecia sem se dar conta
porque a alma estava toda ali
e emprestava à festa
uma elevação tal
que tudo se confundia
de tão perfeito que era

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