as nuvens baixam no inverno
estreita-se o cerco entre a terra e o céu
em frio intenso e terra agreste
não há idade para manter a lareira acesa
o gato mia sobre pedras centenares
parece vazia a casa antiga
que foi grada e teve voz
no fundo da ravina
o ribeiro vai correndo
o murmúrio é o mesmo outras as águas
também na capelinha do monte
há mãos rezando
o mesmo fervor outras as mãos
detenho o olhar no caminho desolado
coberto de silvas e de giestas
outrora formigueiro de gente e de algazarra
que levava à sementeira
seco por dentro e por fora
ponho a cara na distância
e parto sem olhar para trás como fazia dantes
nunca senti tanto
tanta falta de futuro
quinta-feira, novembro 24, 2005
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