a inocência de Filipa
não era o que parecia
porque ela ouvia ouvia
mas ninguém levava nada
tinha sempre uma maneira
de afastar os mirones
fingia não perceber
ou percebia fingindo
o patrão ficou difícil
fazia chantagem com ela
mesmo assim já resistia
há quatro meses de assédio
Filipa não tinha culpa
de ter o corpo que tinha
pois lá dentro era ainda
uma ninfa uma anjinha
o que apetecia a outras
a ela não apetecia
não tinha ainda maldade
por isso se defendia
até que um dia de Agosto
a loja estava vazia
o patrão andava louco
só ela lhe apetecia
fechou a porta da rua
encontrou-a no armazém
as intenções que trazia
não enganavam ninguém
chegou-se aonde ela estava
as roupas curtas e leves
depressa ele as rasgava
com toda a força que tinha
na cara dela estampou-se
a raiva o ódio o nojo
lutou berrou mas cedeu
nas garras de Varatojo
ficava ali a inocência
a violação consumada
algum sangue da ocorrência
a lei da selva provada
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