não dá fugir da barafunda
dos enredos
das ruas apertadas
apinhadas
das coisas por fazer
das incapacidades globais
das angústias de não sermos capazes
dos movimentos instintivos
repetidos
que não dependem só de nós
não dá sair pelas traseiras
e dizer adeus à rua principal
não dá ficar no tempo de outro tempo
num qualquer lugarejo sem presente
não dá fugir do medo
porque ele corre atrás de nós
não dá ficarmos a falar sozinhos
ou simplesmente fecharmos os olhos
porque
pode não gostar do que se vê
mas o melhor é ver
pode não se gostar do que se tem
mas o melhor é ter
pode até não ser fácil evitar fugir
mas sentir medo e fugir por isso
só por isso
cuidado
que o tiro pode sair pela culatra
e na esperança de um conforto
pode suceder
que nunca mais tenhamos paz
terça-feira, novembro 22, 2005
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