domingo, novembro 27, 2005

menina de Lisboa


vejo-te passar menina de Lisboa
mesmo ao pé de mim
desenvolta e engraçada
elegante e desejada
fresca
como um amanhecer de orvalho
nos prados e nas eiras

como uma casinha branca

e quando passas
o ar que sai do espaço onde caminhas
parece vir beijar-me
e gosto

és assim como uma seara abanada pelo vento
bonita pelo sol quando está grada
loira
estonteante
com razões de sobra para encher a vista

quando passas
menina de lisboa
os meus olhos são todos para ti
ganham brilho
como um cometa rectilínio e brilhante
que na trajectória se ilumina muito

depois desaparece
murcha
entristece
talvez pela saudade
de não estares sempre a passar

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