
vejo-te passar menina de Lisboa
mesmo ao pé de mim
desenvolta e engraçada
elegante e desejada
fresca
como um amanhecer de orvalho
nos prados e nas eiras
como uma casinha branca
e quando passas
o ar que sai do espaço onde caminhas
parece vir beijar-me
e gosto
és assim como uma seara abanada pelo vento
bonita pelo sol quando está grada
loira
estonteante
com razões de sobra para encher a vista
quando passas
menina de lisboa
os meus olhos são todos para ti
ganham brilho
como um cometa rectilínio e brilhante
que na trajectória se ilumina muito
depois desaparece
murcha
entristece
talvez pela saudade
de não estares sempre a passar
mesmo ao pé de mim
desenvolta e engraçada
elegante e desejada
fresca
como um amanhecer de orvalho
nos prados e nas eiras
como uma casinha branca
e quando passas
o ar que sai do espaço onde caminhas
parece vir beijar-me
e gosto
és assim como uma seara abanada pelo vento
bonita pelo sol quando está grada
loira
estonteante
com razões de sobra para encher a vista
quando passas
menina de lisboa
os meus olhos são todos para ti
ganham brilho
como um cometa rectilínio e brilhante
que na trajectória se ilumina muito
depois desaparece
murcha
entristece
talvez pela saudade
de não estares sempre a passar
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