domingo, dezembro 10, 2006

tempo omnipotente

O tempo sempre o tempo
numa pequena lembrança
num qualquer susto
no gosto e no desgosto
no adeus obrigatório

o menino nasce cresce arrefece
os rios e as plantas vão com ele
também os combóios
a escola
o amor
o justo e o injusto
o lugarzinho pequeno e bom
que se apaga com a memória dele

e sempre este senhor omnipotente
omnipresente
a armadilha mais bem montada
o terrível paradoxo
a incapacidade maior do homem

porque tempo é vida
não se pode parar o tempo
(mesmo que se pudesse)

porque tempo é morte
não se pode parar o tempo
(mesmo que se pudesse)

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