domingo, dezembro 10, 2006

nada

Saltita o pensamento sem se fixar em nada
fica oblíquo entre hesitações
ideias que devia haver e que não há
os sonhos que morrem sem nascer
as janelas fechadas
ou pior
a ausência delas

inspiro um pouco de ar
depois passo o olhar
entre prédios uniformes
da cidade
no desespero de encontrar um sinal
uma ideia pequenina e fértil

NADA

entro para dentro
afastando-me da varanda
ponho a torneira a correr
lavo as mãos e o rosto
acalmo o vazio que sinto
olhando um retrato de família
mas não acrescento nada

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