domingo, dezembro 10, 2006

o rio começa o rio termina

Há um limite para tudo
para a presa que foge e chega o tempo em que desiste
para o que sobrevive até que se cansa
para a dor que se aguenta até ser mais forte que a resistência
para o vento que não sopra sempre
para a ave que não mantém voo permanente
para o fim inevitável da linha do horizonte
para o tempo que não chega para ultrapassar o limite

não fora a ficção o sonho a imaginação
e o realismo absoluto seria o caminho certo

vida é vida e morte é morte
o que se vê é o que é
não mais do que isso
o rio começa
o rio termina
andamos sempre perto
do princípio e do fim

não fora a ficção o sonho a imaginação
tal como o rio
princípio e fim
não haveria além dos limites

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