Perguntavas-me ontem
só porque leste uns versos meus
se eu escrevia sobre a morte
se eu pensava nisso
se eu sabia alguma coisa
e vi no teu olhar
(lisonja que senti)
um ar
de quem esperava encontrar
neste arrumador de palavras
neste escrivão de versos
a resposta correcta
a explicação certa
estava cansado demais
para falar da morte
confesso
mas porque sou alguém
que vai no mesmo rio
e as minhas águas são as tuas águas
e te vi preocupada
acabei por te dizer
não penso muito nisso
(era mentira)
é algo que faz parte
da caminhada
como as águas de um rio
que desatinam
com o medo da chegada
eram doces
ficam salgadas
é um novo ciclo que começa
é um mundo novo e grande
o mar
que as espera
mas a mudança
mudança radical
perturba
e é sempre um choque
há sempre um grito
o que é natural
porque depois
vencido o desacerto
o medo
até pode ser melhor
tanta largueza de espaço e de tempo
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Publicação em destaque
Livro "Mais poemas que vos deixo"
Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...

-
É um dispositivo médico muito fácil de usar. Depois dos 40 anos tem mesmo de começar a ter mais cuidado com a saúde. Amir Khan, um médico,...
-
Gabriel Attal (AP) © CNN Portugal O primeiro-ministro francês, Gabriel, afirmou esta terça-feira à Lusa que “é muito importante” que os lu...
-
Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...
Sem comentários:
Enviar um comentário