terça-feira, maio 10, 2011

Teresa de Sousa acredita que crise atual é a mais profunda da União Europeia


A notícia

A comentadora da Antena1 de assuntos internacionais, Teresa de Sousa, considera que a crise atual é a mais profunda da história da União Europeia, até porque não tem resposta. Teresa de Sousa acredita que a resposta que foi encontrada pelas lideranças europeias foi apenas “uma resposta do salve-se quem puder”, em que os países pobres do sul têm sido prejudicados. Os países populistas, xenófobos e antieuropeus estão a alastrar-se ao norte da Europa e são movimentos que condicionam a governação desses países, não havendo em contrapartida lideranças fortes nos países centrais da União Europeia. Em relação à moeda única, Teresa de Sousa afirma que o euro ainda hoje sofre grandes riscos.
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Nosso comentário

Pego nas palavras proferidas pela conhecida jornalista Teresa de Sousa para dizer o seguinte:
O que se passa na Europa é um pouco o que se passa no nosso país.
Dir-se-ia que a Europa copiou a preceito os nossos defeitos, bem menos as nossas virtudes: o salve-se quem puder

Ouço os líderes partidários do país e a desproporção que existe entre a luta que têm (que não é nenhuma) e a agressividade que põem nos discursos...
Peixeirada no seu pior!

Um berra, o outro grita, aquele ameaça, alguns políticos menores manifestam-se com cartazes por não serem ouvidos na televisão, como se tivessem alguma coisa para dizer... um regabofe!

Não há luta nenhuma para travar, toda a gente sabe isso, temos um programa do FMI e Cia (companhia) para cumprir, os nossos políticos são uma espécie de chefes de secção de economato, pessoal, manutenção, tipo chefias intermédias.
Serão isso e pouco mais com o programa do FMI e Cia... apenas irão cumprir ordens do CHEFE.
Talvez por essa pouca responsabilidade exigida para o cargo, se vejam alguns candidatos às eleições tão sorridentes e felizes.

Toda a gente sabe que o poder está nos mercados, na troika, nos ultra-liberais europeus, nos outros, não em nós, mas os políticos da praça querem convencer-nos, apesar disso, com aqueles gritos, aquelas desavenças, aquelas divergências, que há uma luta a travar, que a sua argumentação é de gente séria e útil.

Bom, neste barco de líderes políticos portugueses, salta à vista aquele que desde há muito é a ovelha ranhosa ou negra do rebanho: José Sócrates.
Porquê?
Simplesmente porque destoa.

É demasiado visível, demasiado carismático, demasiado bonito, demasiado pouco engenheiro (?!) demasiado eloquente, demasiado moderno, demasiado energético, demasiado positivo, tem amigos "perigosos"... em suma age como alguém que sabe, sente o grande país que tem dentro de si: Portugal.
Talvez por isso, tudo tem sido dito, escrito, artilhado para o derrubar: acusações, ameaças, ódios, invejas.
Mesmo assim, tem resistido!

Cuidei que resistisse ainda ao desafio de "não ter que pedir ajuda externa para Portugal".
Não o conseguiu. Tenho pena, perdeu aí uma batalha importante.

A pergunta que faço é esta:
Numa altura em que esta EUROPA, seguindo a ideia da jornalista Teresa de Sousa, tanto precisa de líderes não xenófobos, não antieuropeus, não egoístas, que parecem miná-la, quase destruí-la, será que homens como Sócrates vão perder a guerra?


Se tal acontecer, para melhor não vamos!

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

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