
A notícia

Por Jack Soifer, consultor, autor de “Como Sair da Crise”
Nas águas territoriais de Portugal há centenas de milhares de milhões de euros em metais raros, como o volfrâmio, o níquel, a prata e até o ouro. Muitos o sabem, mas ninguém fala nisso. As explorações náuticas para apresentar às Nações Unidas a justificação para o aumento da nossa plataforma marítima deixam adivinhar os locais mais indicados para a prospecção.
O óptimo estudo “Hypercluster do Mar” mostra a saída para esta crise, que ainda nem começou entre nós; isto porque a crise não é financeira nem apenas económica, mas sim estrutural. Sectores como o imobiliário, as obras públicas e os serviços cresceram em detrimento das exportações, onda há sectores, como as confecções e o agrotech, onde somos competitivos.
A aquacultura, riqueza desprezada em Portugal, alimenta meio milhão de famílias em França. De algumas algas extraem-se cada vez mais substâncias para as indústrias farmacêutica, cosmética e química-alimentar. Ostras para pérolas dão grande lucro.
O tidal-kate utiliza as correntes marinhas para produzir energia. Os modernos micro-submarinos com comando a distância, detectam, quantificam e podem separar partículas de metais raros expelidas pelos vulcões ao longo de milhares de milhões de anos. Também os rios, ao passarem pelas minas a céu aberto, trouxeram metais.
Falta apenas pôr em prática as recomendações do estudo “Hypercluster do Mar”. Tudo em PME inovadoras, com pouco capital e muita competência. Pode-se começar com um cluster por semestre, como a aquacultura e as ostras. Os ministros Vieira dos Santos e António Serrano têm tudo para o fazer. Trata-se de produzir para exportar e equilibrar, desse modo, a balança de pagamentos. A actividade dá muito lucro e, assim, muita receita fiscal. É bom para todos! Quem está a travar isto?
Fonte jornal OJE (O Jornal Económico)
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Nosso comentário
Dar relevo a esta notícia publicada em O Jornal Económico, mais não é do que falar de uma questão que a todos os portugueses é muito cara: O MAR
A dimensão territorial de Portugal continental e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, é de pouco mais de 92.000 km2.
Todavia a dimensão do nosso país muda de figura se for considerada a ZEE.
Em cima na foto da esquerda pode ver-se a dimensão da ZEE (zona económica exclusiva de Portugal, fonte wikipedia.
Para se fazer uma ideia dessa importância, O Brasil e Portugal ocupam, respectivamente, a nona e a décima-primeira posições na lista das maiores ZEEs (combinadas com o mar territorial) do mundo. A lista é encabeçada pelos Estados Unidos (1º lugar) e pela França (2º).
Ora bem, associando esta dimensão fabulosa de ZEE de Portugal com as potencialidades enunciadas pelo Jornal Económico na notícia em destaque, é óbvio que o mar português, ontem como hoje pode ser a chave de uma mais valia para este país.
Termino com as palavras de Jack Soifer: quem está a travar isto?
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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