

O secretário-geral da Fenprof alertou, esta sexta-feira, que os cortes previstos para o próximo ano vão deixar o ensino na miséria e apelou aos professores para se manifestarem.
O secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) criticou as restrições previstas no Orçamento do Estado para 2012, que vão levar os professores a perder 25 a 30 por cento do salário.
«Estamos perante um verdadeiro roubo, diria quase um assalto e com a mão desarmada», que no sector da Educação significa «um corte de cerca de 15 por cento no rendimento» em 2012, um valor que sobe para 25 a 30 por cento ao somarem-se os cortes de 2013, disse.
Fernando Nogueira acrescentou que o memorando assinado com a "troika" previa uma redução de 200 milhões de euros, «o que era já uma brutalidade de cortes na Educação», mas o Governo de Passos Coelho resolveu triplicar.
«Perante este roubo, quase que apetece dizer: contra os ladrões marchar marchar», afirmou.
Esta austeridade afecta também as escolas, por isso o sindicalista teme que muitos estabelecimentos de ensino tenham de fechar portas por falta de dinheiro para manter o mínimo de funcionamento.
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Nosso comentário
A frase em título foi proferida pelo secretário-geral da Federação Nacional dos Professores, FENPROF, tendo em consideração a brutalidade dos cortes na Educação proposta por Passos Coelho.
O memorando assinado com a "troika" previa uma redução de 200 milhões de euros, «o que era já uma brutalidade de cortes na Educação», o Governo de Passos Coelho resolveu triplicar.
É obra!
Há que mostrar serviço e dar dinheiro aos bancos, não é?
Os funcionários públicos, no activo ou não, toca a pagar a pesada factura e a sofrer na pele, na carne e até no osso, a dureza das medidas ordenadas por quem já mostrou para quem vai a sua "sensibilidade social".
Não para quem tem uma vida à justa, difícil, muitas vezes na corda bamba, no fio da navalha, mas sim, direitinha para os banqueiros e os mais ricos.
Que prova de "coragem"!
A frase proferida pelo dirigente da FENPROF faz todo o sentido.
Que a indignação vá do desempregado ao estudante, passando pelo reformado de muletas, o combatente do ex-ultramar, o acamado, o trabalhador que fica sem cheta para fazer face às despesas do dia a dia, o marginalizado, o empreendedor a quem os bancos negam crédito, o intelectual, os ludibriados pelo crédito avulso, os assalariados que vêem o seu horário aumentado sem qualquer proveito, antecipando despedimentos, todos os portugueses que se sentem numa Pátria, a sua, irreconhecível por tão mal tratada nesta fase da sua história.
Triste fado hoje aqui!
Que se indignem todos os que se sentem roubados, enganados, maltratados.
Os que não querem continuar num país sem leme, num país da troika em que, se um diz mata, o outro diz esfola.
Para cúmulo dos cúmulos, as medidas anunciadas, para além de excessivas, arrasadoras, não levarão a lado nenhum.
Ficará mais gente pobre, outros sem emprego, outros emigrarão, outros prostituir-se-ão, a recessão e os bancos engolirão o que nos roubaram e o que restar depois do repasto das feras.
Triste fado, hoje aqui!
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Fiquem bem, mas indignados como eu, pois a injustiça dói muito!
António Esperança Pereira
Acho bem a indignação e toda não será de mais! Porém o problema está nos desgovernos que tivemos e nos ladrões que desviaram tudo quanto quiseram e puderam. Pior é não vermos ninguém (ou quase ninguém) ser chamado à pedra. Ou seja: Muitos dos responsáveis continuam assobiando para o lado, quiçá ocupando lugares bem remunerados e cargos políticos idênticos aos que tiveram!!!
ResponderEliminarEssa bagunça é que tem de acabar. Creio que é precisamente a isso que os jovens indignados querem se ponha cobro. Eles e cada vez mais nós todos, queremos que se faça justiça, a começar pela ineficácia da mesma. Não basta dizer que está mal. Temos de exigir que deixe de estar mal.
A polícia foi desautorizada, como os professores o foram.
Sem educação e sem ordem pública nada vinga. Casa onde não há pão...
Pois, deve-se começar pelo mais simples e exigir de todos o que a cada um compete.
Funcionário que deliberadamente não cumpra ou pise o risco de propósito deve ser logo saneado e punido a sério,
também como exemplo. Estou a lembrar os "guardas" envolvidos no tráfico de droga, em assaltos, etc. Estou a lembrar os políticos que se aproveitam do "tacho" para enriquecer, etc., etc.
Magistrados não devem ser cegos, surdos e mudos! E terão de responder
pelas asneiras que fazem, tal como os demais funcionários públicos.
Não se toleram os enormes distanciamentos entre os que ganham uma
côdea e os que auferem balúrdios (mais as mordomias).
Perseguir o "coitado" é fácil; são as multazinhas, são as Finanças, tudo
se mete com quem se não pode defender. Começar... é pelos grandes.
E um dia há-de ser assim. Espero que se lá chegue pacificamente.
Um indignado.
Mais um indignado que se junta ao protesto. O acordo da Troika por si só já se afigurava de uma violência extrema. No entanto, Passos Coelho, não satisfeito com as medidas "brandas" da Troika, resolveu "animar" as coisas. Mais cortes, mais impostos, menos poder de compra, menos direitos, etc., etc. Passos entende que este é o caminho a seguir. Na minha modesta opinião, creio que a renegociação do prazo do pagamento da dívida, permitiria um esforço mais ténue, sem a violência das medidas anunciadas. O esforço seria mais gradual. Assim, acho que as reacções e as consequências que vão surgir fruto destas políticas de choque vão ser muito mais onerosas e complicadas do que se imagina. O Estado de Direito está ameaçado. Os direitos dos Portugueses ameaçados. As famílias sentem-se impotentes, injustiçadas, traídas e indignadas. São sentimentos muito complicados de gerir quando as coisas começarem mesmo a apertar… JP
ResponderEliminar"Anónimo indignado", obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarSem dúvida que a impunidade está instalada no sistema político económico como ele vem funcionando.
Não se apuram responsabilidades porque não é um nem dois nem três os responsáveis, são polvos e mais polvos.
Depois defendem-se com bons advogados, há compadrio entre os próprios.
São poderosos, não há lei para eles.
Atiram com poeira para os olhos da cara dos cidadãos, que se limitam ao dever cívico de "cumprir". Caso não cumpram, esses sim vão parar à cadeia.
Um abraço
"Indignado JP" grato pela presença e comentário.
ResponderEliminarSem dúvida a impunidade está instalada.
O pior é que assim se torna difícil recuperar a credibilidade da democracia, designadamente dos poderes político e económico.
Sem credibilidade, como é possível alguém pedir o voto, a confiança do eleitor?
Esta miscelânea de política e economia ($$$) como pode dizer ao povo tem que fazer sacrifícios, se eles próprios é só esbanjar, desviar, roubar? compadrio, mentiras e video;)
Aconselho a ler a respeito meu poema: "poupem...poupem!" é só pesquisar no blogue.
Abraço