segunda-feira, julho 11, 2011

Primeira-dama da Guiné-Bissau em Portugal


Mariama Sanhá é também presidente da Fundação Ninho da Criança de apoio a órfãos guineenses


A primeira-dama da Guiné-Bissau, Mariama Sanhá, realiza entre segunda e quinta-feira uma visita ao norte de Portugal para assinar vários protocolos com instituições com o objectivo de reforçar a cooperação entre os dois países.

A deslocação de Mariama Sanhá, também presidente da Fundação Ninho da Criança de apoio a órfãos guineenses, ocorre na sequência de um convite feito pela Associação de Desenvolvimento Local Minho Lima e do cônsul honorário da república da Guiné-Bissau, Joaquim Luís de Sousa.

Segundo um comunicado enviado à imprensa, a visita ao norte de Portugal tem como objectivo "contactar com diversas instituições, autarquias e empresas para reforçar os laços de solidariedade e cooperação com a Guiné-Bissau".

Durante a sua estada em Portugal, Mariama Sanhá vai assinar um protocolo de cooperação entre a Fundação Ninho da Criança e o Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal do Porto.

Previsto está igualmente a assinatura de um protocolo entre a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, representada pelo padre Lino Maia, e a Ninho da Criança.

Mariama Sanhá, enquanto presidente da Fundação Ninho da Criança assinará também protocolos de cooperação com a Associação de Desenvolvimento Rural Mútua de Basto Norte e a Associação de Desenvolvimento Local Minho Lima.
---------------------------------------
Não posso deixar de assinalar a passagem desta ilustre personalidade da República da Guiné-Bissau, país da CPLP (Comunidade de Países de Língua Oficial Portuguesa).
Devo acrescentar que estive no território da então Guiné Portuguesa como oficial miliciano em 1973 e 1974. Assisti com emoção à independência de mais um país de língua oficial portuguesa.
Estava lá quando se deu em Portugal o 25 de Abril. Só regressaria em Setembro desse ano, tendo entretanto ajudado a passar o testemunho ao PAIGC, no então Ministério da Educação, onde conheci, entre outras personalidades, Mário Cabral.
Por razões óbvias, familiares e outras não pude alargar no tempo a minha colaboração, que me fora simpaticamente solicitada.
Fiquei com a melhor das impressões daquela Terra.
A ela desejo prosperidade e paz.

Aproveitando algum tempo livre que passava na Biblioteca de Bissau, escrevi por lá umas páginas, que compilei num livro a que decidi chamar "GUINÉ-BISSAU 1974" em que abordo os mais diversos temas, sociais, religiosos, étnicos, entre outros.


Eis a sinopse do livro, que pode ser visionado clicando na imagem:

"Assuntos variados de um tempo que é já história, pois muito do que se diz aqui foi já objecto de grandes mudanças. Mas há sempre coisas que ficam no tempo que passa e podem mudar-se nomes, acontecimentos, pessoas, mas a Guiné, como território, como país, continuará com base na sua história trilhando os promissores caminhos do futuro"
-------------------------------------------------
Fiquem bem,









2 comentários:

  1. É sempre com interesse e carinho que leio tudo o que se relaciona com a Guiné-Bissau.
    O facto de lá ter estado durante quase um ano -73/74, mudou em muito o meu sentir como pessoa.
    Por isso gostei muito de ler a noticia e respectivo comentário.
    As gentes da Guiné merecem todo o nosso apoio e ajuda.
    Digo muitas vezes com toda a convicção, que muita gente parva, oca, vaidosa, que se pavoneia no nosso país, devia dar um pulo até à Guiné.
    De certeza que viriam mais ricos interiormente, mais solidários.
    Ou então realmente se ninguém nem nada os tocasse...são verdadeiros zombies,sem sensibilidade.
    Não é esse o tipo de pessoas de que o nosso Portugal precisa.
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. belemrouge obrigado pelo comentário.
    Penso exactamente o mesmo
    Aliás só acrescento o seguinte: em países em que tudo está por fazer, nós constatámos isso, designadamente na Guiné-Bissau, onde qualquer especializaçãozinha pode fazer a diferença, a verdade é que mesmo não tendo de se ir obrigado com uma arma nas mãos, com o desemprego que grassa por aí, ninguém tem a iniciativa de ir para lá.
    Ao menos ganhar uns trocos e ter uma experiência única num continente que deixa saudades a quem por lá passa... já nem digo mais!
    Mas não, ninguém faz nada nesse sentido, é mais fácil o pessoal ficar a queixar-se disto mais daquilo não é?
    Um abraço

    ResponderEliminar

Publicação em destaque

Livro "Mais poemas que vos deixo"

Breve comentário: Escrevo hoje apenas meia dúzia de palavras para partilhar a notícia com os estimados leitores do blogue, espalhados ...