
Portugal na lista do assassino da Noruega
Portugal é várias vezes referido num delirante manifesto de 1500 páginas publicado na internet pelo terrorista Anders Behring Breivik horas antes do duplo atentado da passada sexta-feira na Noruega, em que morreram 93 pessoas.
Por:Ricardo Ramos com agências/P.M.
O manifesto, intitulado ‘2083 - Uma Declaração Europeia de Independência', é uma amálgama de referências históricas, estatísticas, panfletarismo de extrema-direita e planos de guerra contra a "elite marxista/multiculturalista responsável pela islamização da Europa". Neste contexto, Portugal surge em 13º lugar numa lista de 20 "alvos prioritários" numa "campanha militar" que terá como alvo principal os "traidores de categoria A e B" - líderes políticos, jornalistas, académicos e outros tidos como apoiantes do multiculturalismo.
Em Portugal, calcula o documento, serão 10 807 os "traidores" a eliminar através de uma campanha massiva de cartas envenenadas com antraz a que Breivik dá o nome de "golpe decisivo". "Daqui a 50 ou 70 anos, nós, os europeus, seremos uma minoria. Quando percebi isto decidi juntar-me ao movimento de resistência", explica Breivik sobre as origens da sua luta, que diz ser partilhada por outros "defensores da Europa" reunidos numa nova Ordem dos Templários criada em Londres em 2002.
"ATROZ, MAS NECESSÁRIO"
Anders Behring Breivik confessou à polícia ter planeado a matança sozinho, mas garante que não cometeu qualquer crime. "Ele reconhece que os ataques foram atrozes, mas, no seu entender, necessários", disse o seu advogado, Geir Lippestad. Breivik deverá ser hoje presente a tribunal, numa altura em que a polícia continua a investigar a hipótese de ter havido um segundo atirador em Utoya.
Reivik, que acusou o Partido Trabalhista norueguês de “importação maciça de muçulmanos”, sustentou que agiu para salvar a Europa do Islão, e dar, ao mesmo tempo, “um forte sinal às pessoas”.
------------------------------------------
COMENTÁRIO À NOTÍCIA MAIS VOTADO
"DEVIA TER UMA MORTE MMMMUITO LENTA PELOS CRIMES QUE COMETEU!"
Gualter Boavida
------------------------------------------
Nosso comentário
Falar destas coisas é não saber o que dizer-se. Não há palavras. Ocorre-me uma: LOUCURA
Para além desta nenhuma outra tem qualquer cabimento.
Sei que para muitos, os tais que tanto hostilizam o Mário Soares, o Shimon Perez, o Lula da Silva, o Obama, o Arafat, o Mandela, o Willy Brandt, o Kennedy, tantos tantos homens que enveredaram pela via do diálogo, aquela que considero o "CAMINHO DO MEIO" é um grande aviso.
Meditemos nos extremismos, nas suas consequências, saibamos o que realmente queremos: matar-nos uns aos outros?
Creio que não!
-------------------------------------------------
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
Ocorrências destas, perpetradas por um ou vários fanáticos, contam sempre com as justificações dos actos. No entender deles, agem com toda a razão, às vezes invocando a Divindade que veneram. Basicamente o assassino refere algumas verdades, mas distorcidas, como convém. Depois confunde-se muito o islamismo com o terrorismo islâmico, duas coisas quase opostas.
ResponderEliminarUm leitor foi de opinião que o tresloucado devia ter uma morte lenta...
Coloquemo-nos no lugar dos pais que perderam os filhos, por exemplo. Esse tipo de morte saberia sempre a muito pouco.
Contudo... se aquilo tivesse acontecido entre nós, o "rapaz" apanharia 24 ou 25 anos de cadeia e talvez com saida precária a 1/3 da pena! Teria seringas para se drogar, namorados, cama e roupa lavada. Estou a brincar...
Anónimo, obrigado pelo comentário a esta triste, macabra notícia que a todos surpreendeu.
ResponderEliminarCreio que nada justifica carnificinas deste tipo.
São puros actos de loucura, mesmo que os queiram disfarçar com outra coisa.
Será que Deus gosta de actos destes, se Ele por definição é VIDA?
Não há verdades distorcidas que justifiquem estes fins. Muito menos numa democracia!
Lamentável, condenável, sem palavras tal barbaridade!
Um abraço
Já me habituei a ler tuas noticias e comentários com curiosidade e interesse.
ResponderEliminarSão sempre actuais e pedagógicas.
Hoje não quero deixar de manifestar a minha total concordância quando referes "o caminho do meio". É que os extremismos são deveras perigosos.
Basta olhar um pouco para trás na história da Humanidade...
Abraço.Leta.