sábado, julho 30, 2011

Governo quer congelar reformas acima de 246 €

Joana Caçador: "Topless só no terraço"

A notícia

Cerca de 2,3 milhões de pensionistas não terão as pensões actualizadas no próximo ano.

As pensões de valor superior a 246 euros por mês vão ficar congeladas em 2012. O Governo, como ontem garantiu ao CM fonte do Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, vai actualizar apenas as reformas mensais mais baixas, que correspondem a um montante igual e inferior a 246 euros. A medida irá beneficiar mais de um milhão de pensionistas da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA), mas deixará de fora quase 2,3 milhões de reformados, dos quais 1,9 milhões da Segurança Social e o resto da CGA.
Em princípio, a posição do ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, é actualizar as pensões mais baixas em 2012, de forma a garantir que estes pensionistas não tenham uma redução do poder de compra.
As reformas alvo de actualização em 2012 serão, segundo o Ministério da Solidariedade e da Segurança Social, três: a pensão mínima, cujo valor é de 246 euros, as pensões rurais, que não vão além de 227 euros, e as pensões sociais, cujo montante é de 189 euros.
O primeiro-ministro deixou ontem claro, no debate quinzenal no Parlamento, que "está no programa do Governo e foi assumido pelo ministro da Segurança Social que iremos actualizar as pensões mínimas para o ano de 2012." Passos Coelho frisou que esta actualização das reformas mais baixas "é um esforço financeiro considerável, mas é a única maneira de mostrar aos portugueses que fazemos aquilo que dizemos".
O chefe do Governo sublinhou ainda que "não há famílias com rendimentos mais baixos do que aquelas que têm pensões a rondar os 200 euros." E disse que o Executivo quer "proteger os mais vulneráveis."
Mesmo assim, quase 1,9 milhões de reformados, segundo a Conta da Segurança Social, serão excluídos da actualização das pensões. Já do lado da CGA, não serão abrangidos por essa actualização as reformas de mais de 380 mil aposentados.
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COMENTÁRIO MAIS VOTADO
"Cá temos o omem que não aprovou o pec iv porque penalizava os portugueses! Que lágrimas de crocodilo ele chorou. Agora no poleiro apenas há um mês vê-se a farinha de que é feito. Longa vida ao Coêlho e sus muchachos."
cá tou eu
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Nosso comentário

Espanto-me comigo no dia a dia, parece que de um momento para o outro se andou para trás no tempo, a termos de novo que esgrimir velhos conceitos, ir à luta, arregaçar as mangas, dizer e fazer o que nos vai na alma.
A Europa tinha-nos habituado a sonhar, deu-nos também realidades boas, de repente, uma Europa maioritariamente nacionalista e retrógrada, quer conduzir o velho continente para os registos já supostamente ultrapassados.
Bons e maus, credores e devedores, loiros e morenos, nórdicos e sulistas, os de cá e os de lá, assim estão a ficar estes europeus em que me incluo por nascimento.

Eu continuo a acreditar e a gostar dos que abraçaram um dia o sonho europeu. Vivi a minha juventude toda com fronteiras por toda a parte, a ter de trocar moedas por outras moedas se queria ousar deslocar-me para além das fronteiras de Portugal.
Habituei-me a ser revistado por homens armados, carabineiros, guardas fiscais, pides (polícia política do regime do antes do 25 de Abril) a saber de muitos que morriam ao cruzar essa fronteira só pelo sonho de viajar ou de ir trabalhar para outro país.

Ainda presenciei o negócio de "passar gente humilde portuguesa na fronteira rumo a Paris" a troco de dinheiro, chamavam-se os donos desse negócio de "passadores" (não de droga, mas de gente)

Assisti à evolução havida globalmente com a adesão à Comissão Europeia, actual União Europeia, a abolição de fronteiras, a liberdade de circulação de pessoas e mercadorias, a adopção da moeda única, o EURO, tantas outras...
Assisto agora boquiaberto, como você, caro leitor, a um quase desmoronar de tudo o que se tinha conquistado.
Novamente o poder dos nacionalismos, uma moeda de que já se começa a dizer mal, por ser forte demais, um apertar o cinto imposto de fora, como a dizer-nos: vocês têm que regressar ao antigamente, vocês compraram mercedes a mais, fizeram autoestradas a mais, viajaram demais, são letrados demais, cresceram demais.

Qual pai tirano, quando o filho se abespinha, lhe mostra os dentes, se arreganha, há que domá-lo, tirar-lhe força, não vá ele tirar o poder, o lugar, o prestígio a esse pai tirano.

Pois aí está um governo de um Portugal hoje a letras pequenas, com uma troika de fora.
O que lhes vejo fazer, pouco mais é do que qualquer merceeiro de lápis na orelha do antanho seria capaz de fazer.
Tirar aos mais fracos, aos que nada podem fazer para fugir ao saque.
É só fazer contas de somar e subtrair, praticamente.
Técnicos de valia? aonde? Por amor de Deus...
Em boa verdade se diga que mais parece um contar de cabeças de gado e o que podem render tais cabeças (refiro-me aos pensionistas da notícia e a tantos outros) tudo para agradar a quem nos pos a construir autoestradas, a consumir mercedes, a alienar ordenado com habitação própria, a eliminar as nossas actividades produtivas (agricultura, pescas entre outras) em prol do desenvolvimento das deles.

Só meia dúzia de palavras ao porquê da foto escolhida:
Em primeiro lugar acho que a Joana Caçador ao fazer topless só no terraço, é um desperdício. Animaria e muito os reformados deste país cada vez mais empobrecidos pelo governo, se fizesse topless com mais visibilidade.
Enquanto a viam... esqueciam as degraças entende?
Por outro lado, seria também um indicador de poupança: andamos todos muito vestidos, poupar-se-iam uns trocos imitando o seu gesto:
Mais de tanga que nunca!!!!
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira



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