
A notícia
O presidente do BBVA defendeu que Espanha tem que se descolar rapidamente do grupo de países europeus resgatados.
"Não podemos perder mais tempo sem retirar a Espanha dessa liga que não nos interessa, a de Portugal, Irlanda e Grécia", afirmou Francisco González numa entrevista ao jornal El País.
O presidente do BBVA disse que Espanha precisa de avançar com "urgência" com reformas em três frentes: o sistema financeiro, o mercado laboral e a despesa pública.
A criação de emprego é uma das prioridades em Espanha e González considerou que, para tal, é necessário que o país tenha um plano económico "muito mais elaborado" e que passe confiança à economia nacional e aos investidores estrangeiros.
González também se referiu à proposta que o candidato do PSOE às próximas eleições gerais em Espanha, Alfredo Pérez Rubalcaba, apresentou relativamente à criação de um novo imposto sobre a banca, considerando que é altura das instituições financeiras espanholas (bancos e caixas) abdicarem de parte dos seus lucros para criar emprego.
"[Criar um novo imposto sobre a banca] não faz nenhum sentido", defendeu o presidente do BBVA, defendendo que "o que faz sentido é meter este país [Espanha] a trabalhar e a criar emprego".
O banqueiro disse ainda estar totalmente de acordo com a principal reivindicação do movimento 15-M de que "não há direito que os jovens não encontrem um posto de trabalho", mas recusa as críticas que apontam o dedo ao sector financeiro como o responsável pela crise.
Segundo González, o facto de existirem entidades financeiras mal geridas e que tiveram que receber ajudas públicas não justifica a demonização de todo o sector.
Sobre os testes de stress conduzidos pela Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla em inglês), o responsável disse que são um "primeiro passo", mas que é necessário que sejam implementadas medidas que assegurem que toda a banca europeia tenha o capital
necessário para dar uma resposta positiva em caso de crise.
O BBVA obteve nos resultados dos testes de stress no cenário mais adverso um rácio 'core tier 1' de 9,2%, quase o dobro do exigido pelos reguladores, e um dos melhores da grande banca europeia.
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Alguns comentários de leitores à notícia:
vitor , Amesterdao | 17/07/11 22:07
Ja notei varias vezes em Portugal que as pessoas julgam que a Espanha e um pais rico quando na verdade e so 25% mais rico que Portugal. Mas pronto nao os levo a mal deixam-se "informar" pelas "impressoes" em vez de pelas informacoes.
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Voivod , | 17/07/11 22:03
Meus amigos: Todos a levantar as poupanças que tem no BBVA.
Este senhor não merece o nosso dinheiro.
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Olga , | 17/07/11 22:03
se tivesse o contacto do banqueiro gonzalez dir-lhe-ia que a espanha está na m@rda quase como Portugal e que não é a cag@nça dele que faz com que as coisas sejam diferentes. Terminaria a mensagem ao gonzalez dizendo : quanto maior á a altua,maior será o tombo.
Presunção e água benta, cada gonzalez toma a que quer. Cag@o!
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PL , | 17/07/11 22:26
espanha devia acabar enquanto Estado e dividir-se nas vária nações que a compõem. A Catalunha, a Galiza, e o País Basco sairiam a ganhar e Portugal assumia a cabeça da Península Ibérica.
Viva Portugal!
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Nosso comentário:
Enfim, tudo a correr pelo pior a esta Europa que tanto amo, onde nasci, que partilho, que gostava ver melhor liderada, solidária, forte, UNIDA.
Mas não, os senhores gonzalez são mais que muitos, as divisões grassam por tudo quanto é país, chega a arrepiar a quem tanto agradou ver as fronteiras abertas, um projecto europeu, liberdade de circulação de pessoas e bens, uma moeda única...
agora de repente a mesma pequenez regional, nacionalista de antanho.
A mesma postura de uns contra os outros de antigamente.
Pois se a Europa for por aí, eu acho que irá mal, novamente a quezília, a guerra, a pequenez, o isolamento, ficará a devê-lo aos senhores gonzalez de Espanha e dos outros países.
Não gostei do que disse senhor Francisco Gonzalez. O seu país nem é mais nem menos que os outros. Sabe-se como muitos espanhóis são alienados pela sua pretensa grandiosidade (só na cabeça deles claro) há até anedotas sobre o assunto.
Sabe-se dos problemas graves que o seu país tem em termos de unidade nacional.
Sabe-se que a Espanha está financeiramente à rasca.
Sabe-se que o sol e toiros, as largadas sangrentas de Espanha podem ter os dias contados, pela pressão de gente civilizada que acha degradantes tais velharias.
Sabe-se que o seu rei deve alguma coisa a Portugal quando aqui viveu por tantos anos.
Sabe-se que a sua rainha é grega e deve estar tão chateada consigo como eu,
Sabe-se, sabe-se sabe-se...
Finalmente calhou-me em sorte, vá-se lá saber porquê, ser cliente, ainda que micro pequeno cliente do seu banco.
É que ao contrário do senhor Gonzalez tento não ser mesquinho, não ver só lixo na casa do vizinho...(Até rima é verdade, não seja eu poeta!)
E assim porque para mim a Espanha não é só o senhor Gonzalez. Tem coisas boas também.
Todavia, depois do que o senhor disse, ficarei mais atento às virtudes do seu banco e da sua espanha.
Continuará a saga que eternizou o ditado: "de espanha nem bom vento nem bom casamento?"
Pelo menos creio que é tempo de cada português se questionar em deixar seus trocos no seu banco.
Afinal o senhor joga noutro campeonato...
imagino que queria dizer com isso que a sua espanha é a ESPANHA....
Será mesmo?
Fique com Deus senhor Gonzalez, bem precisa.
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Aos leitores do blogue uma boa semana,
António Esperança Pereira
Vivemos em países supostamente democráticos, onde se vai dizendo o que se pensa (às vezes correndo riscos...); por que motivo os de fora não hão-de dizer o que lhes vai na alma?
ResponderEliminarPreocupemo-nos connosco, isso sim. Por exemplo com a recente descoberta de mais um buraco de dois mil milhões de euros, com o desempenho da Justiça, com as publico-privadas, com o facilitismo que se instalou no Ensino, com o banditismo, com o desemprego, com a produtividade, com as falências, com a emigração, com os incêndios florestais, com as estradas secundárias degradadas, com a linguagem
corrente (porca) muito em voga, com desautorização de professores e autoridades policiais, com o diminuto parque industrial, com a diminuta frota pesqueira, com a lavoura a
meio-pau (talvez nem tanto), com a lei do arrendamento, etc.
Mas nem tudo correu mal: Temos estádio vistosos, alguns inactivos; piscinas cobertas e descobertas; auto-estradas; rotundas com chafarizes e sem, alguns iluminados; seringas
nas prisões; pavilhões multi-usos; auditórios; bibliotecas; cursos aceleradíssimos de 9.º e 12.º anos; elevadíssimo sucesso escolar (proibidos que foram os chumbos); leis mais
favoráveis ao infractor do que à vítima; casamento legal de machos com machos e de fêmeas com fêmeas; um parque automóvel invejável; imensos shoppings; administradores e
directores de empresas auferindo chorudos ordenados e mordomias várias (ainda que se trate de empresas com milhões de prejuízo); e uma dívida externa monumental, descoberta depois de o 1.º Ministro ter dito que éramos o
1.º país a sair da crise e que não precisávamos de ajuda. No espaço de uma semana (pouco mais) a oposição virou tudo do avesso!!! Azar nosso...
Para além disto, muita coisa ficou por explicar: Ainda se lembram do célebre envelope 9? Ia ser divulgado, mas não foi! "Jamais"... Lembram-se do navio Bolama? Afundou com vinte e tal pessoas a bordo; silêncio absoluto... E os 150 mil empregos prometidos? Parte da promessa contou com os tais cursos do faz de conta! Lembram-se das manif. dos professores? Apesar dos números... aquilo foi obra de meia dúzia de arruaceiros, instigados pelo PCP (com Salazar
era assim). E que dizer das trapalhadas em que se viu envolvido o anterior Chefe do Governo? Dizia-se na minha terra que onde há fumo há fogo, mas atenção: Não haverá nada pior do que acusar um inocente. Enfim, acho que temos imenso com que nos preocuparmos, cá dentro. E é bom que o façamos.
L. Pereira
Pois de um banqueiro espanhol, como o referido,choca-me bastante tais afirmações relativamente ao nosso Portugal.
ResponderEliminarÉ que tento defender a importância da boa vizinhança e amizade.
Mas parece que esse "sr" é muito "quadrado". De certeza que os Reis, pessoas sensatas e amigas, não pensarão assim...
Teresa F.
L.Pereira obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarÉ realmente uma das grandes virtudes das democracias: a tolerância em liberdade. Se calhar também uma das suas fraquezas... veja-se o que aconteceu agora em Oslo, Noruega!
Mas neste caso, podermos dizer o que nos vai na alma é muito salutar.
Temos o direito de chatear este banqueiro espanhol, como ele tem o direito de nos chatear a nós.
Às vezes um pouco de tento na língua fariam bem a uma democracia civilizada!
Um abraço
Teresa F. é com algum atraso que respondo ao comentário. Peço desculpa pelo facto.
ResponderEliminarAntes de mais obrigado pela sua participação e presença.
Estou de acordo consigo quanto às declarações insultuosas ao nosso país: venham elas de onde vierem.
Este senhor saiu-se mal. Oxalá corrija a postura para com o nosso país. Afinal o seu (dele) banco está cá implantado...
Um abraço