
Era suposto passarem a lua-de-mel numa luxuosa suite do Hotel Oyster Box, em Durban, África do Sul, mas Charlene e Alberto do Mónaco acabaram por dormir a 16 quilómetros de distância um do outro.
Durante a festa que juntou 500 convidados, o casal mostrou-se mais distante do que nunca. No final, o príncipe seguiu para o Hotel Hilton, enquanto a antiga nadadora sul-africana permaneceu no Oyster Box, onde decorreu a festa. No entanto, em vez de ficar na suite inicialmente escolhida pelo príncipe, que custa 4500 euros por noite, optou por pernoitar numa mais modesta.
A relação continua ensombrada pelos rumores de traições do príncipe, que terá tido mais dois filhos durante o namoro com Charlene.
O casal regressará ao Mónaco na sexta-feira.
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Depois do casamento civil, Alberto do Mónaco, de 53 anos, e Charlene Wittstock, de 33, celebraram a sua união numa cerimónia religiosa no palácio do principado.
Cerca de 75 milhões de euros foi quanto custou a boda, que tem sido criticada por muitos, os quais se interrogam sobre a origem do dinheiro, insinuando-se que o mesmo possa vir dos cofres do principado.
Segundo o ‘The Sunday Times’, há também muita gente que compara Charlene a "uma Barbie, fria como um cubo de gelo". E Alberto não está imune às críticas pois, apesar de estar previsto que o casal termine o cortejo num automóvel Lexus híbrido, foram alugados BMW topo-de-gama para transportar os convidados entre os vários locais da cerimónia.
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Nosso comentário
A questão dos BMW versus Lexus híbrido não traz novidade nenhuma na vida a que esta gente com muitíssimo dinheiro nos habituou.
É o mesmo que o líder político A ou B ir jogar golfe, pilotar o seu mercedes topo de gama, ter todas as mordomias e mais algumas, depois tomar assento na bancada do seu partido para discursar sobre medidas a tomar em favor dos mais desfavorecidos.
A defesa dos mais desfavorecidos aqui é nem mais nem menos o lexus híbrido da questão.
O golf e os mercedes dizem-nos que é para manter qualidade turística, elevada qualidade de vida, etc etc.
Claro que a gente ouve-os, vê-os, tenta perceber as coisas, as diferenças cada vez maiores entre os que muito têm e os que nada têm...
mas é cada vez mais difícil conciliar tanta hipocrisia.
O povo cada vez com mais bagagem educacional em cima, designadamente a juventude, começa a não entender tantos milhões para casamentos como o da foto, tantos milhões para se comprarem carros de luxo, tantos milhões gastos para coisa nenhuma, designadamente "uma lua de mel em hotéis separados, veja-se só!" e ele "povo" não tem uns euritos para alugar um quartito modesto e dar uma queca.
O pessoal da TROIKA cai em cima do carcanhol que está mais à mão, do que não levanta cabelo, e não do poderoso que logo ameaça que vai investir para outro país, se aqui lhe não forem dadas todas as facilidades de investir.
Que é como quem diz se aqui não tiver todas as mordomias, os campos de golf, os mercedes topo de gama e sobretudo se não lhe facilitarem os despedimentos, lhe baixarem os impostos, lhe lhe lhe...
Eu sinceramente gosto muito de fartura, aprecio o empreendedorismo a todos os níveis, mas se não houver sinais de que essa fartura pode futuramente chegar a mais estratos sociais, receio que dentro em breve haja desequilíbrios perigosos tendentes a atitudes radicais.
Nem é preciso ser-se muito inteligente. Basta estar atento e ver estes exemplos principescos que convivem connosco, mesmo ao nosso lado, no dia a dia.
Depois que não se queixem as forças políticas e as elites da alta finança. Nem montados em lexus híbridos "à gajos porreiros" se vão safar se não houver qualquer coisa mais que faça acreditar o povo de que vale a pena manter este status quo politico-económico-social actual.
Poupem poupem, dizem-nos. Há que fazer sacrifícios.
Sacrifícios para quem, para quê? por mor de que príncipe? perguntar-se-à cada vez com maior frequência e em mais alto som...
penso eu de que...;)
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Um poema a propósito:
Zé pagode
Ataques contra ataques
quem faz o quê porquê a quem?
semblante carregado Zé pagode
incauto assalariado
não entende nada
vê que algo se passa
que algo vai mal
cortes no salário
venda de património nacional
a mentira já gasta
que lhe impinge a elite do capital
de que há que
trabalhar trabalhar trabalhar
vida complicada no trabalho
lá por casa nada bem
a mulher embirra ele desatina
tudo se conjuga para um futuro
aos trambolhões
sem equilíbrio nem felicidade
nem tostões
o Zé na triste sina da incerteza
no pessimismo que retorna no século XXI
na puta de vida que tem em sorte
sem emprego sem iniciativa
nem patrão
a família de rastos
crise depressão…
decide deixar a terra
os amigos o bairro o lugar
tentar a sorte na emigração
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Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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