quinta-feira, janeiro 03, 2013

Pessoa, Balzac, Napoleão, gostavam de café...


Nosso comentário:


O café é uma bebida bem enraizada entre nós portugueses. 
Todavia, a história do café, que é hoje em dia a bebida de maior consumo mundial, é desconhecida pela maioria dos consumidores.
Por isso mesmo, divulgo hoje uma curta mas interessante história do café que me foi enviada por uma leitora de Lisboa.

Um pouco de cultura, ainda que de algo corriqueiro se trate, nunca fez mal a ninguém. E o saber não ocupa lugar. Isto pese embora os ventos contrários que sopram neste país, tendo em conta o conhecimento e a má vontade para com áreas ligadas ao saber, à educação e à cultura.

Quero relembrar que de momento temos uma Cultura Portuguesa sem direito a Ministério, sem direito a grandes atenções por parte da governação.
Parece-me por isso, pela marginalização da cultura, uma história oportuna, e também o é, tendo em conta que, se alguma coisa ainda une muitos portugueses nesta desunião nunca vista, fomentada pelo atual executivo, é exatamente o café.
Para essa bebida que acompanha muitos de nós desde que nos conhecemos como gente, vai o nosso destaque de hoje.
A quem me enviou a deliciosa síntese sobre a sua história, o meu sincero bem haja.



Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/





"O CAFÉ"-Breve História


Profundamente enraizado na nossa cultura, o hábito de beber café, deu origem, tal como no resto da Europa, ao aparecimento de casas especializadas, que com o tempo se tornaram famosas tais como o" Martinho da Arcada", o "Nicola"ou a" Brasileira", que ainda hoje existem, e onde nomes famosos como Fernando Pessoa, Bocage, Garrett, Herculano, Almada Negreiros, entre outros, se reuniam num misto de convivio e cultura.
A Inglaterra foi o primeiro país a cultivar o hábito dos Cafés Públicos.
A primeira casa de Café foi aberta em OXFORD em 1650; em Londres a moda chegou em 1652. As "Coffeehouses" eram ponto de encontro de comerciantes, banqueiros, políticos, intelectuais...
Foi contudo na França que pela primeira vez se adicionou açúcar ao café, no reinado de
Luís XIV.
Em 1688, Prócopio dei Coltelli fundou o Café Procope, que é considerado o mais antigo do Mundo, e em atividade.
Foi frequentado por La Fontaine, Napoleão, Balzac...
O compositor Bach era um grande apreciador de café. Em sua homenagem compôs em
1732 a "Cantata do Café".
Beethoven também era um grande apreciador. Contava sempre 60 grãos de café, cada
vez que preparava um.
Atualmente é considerada a bebida mais consumida no Mundo. Calcula-se que serão servidas cerca de 400 bilhões de chávenas por ano.
O invento da cafeteira em finais do séc.XVIII, pelo Conde Rumford deu um grande impulso
à proliferação do café.
Em 1822 surge em França a máquina de café Expresso. Em 1855 é apresentada em Paris, uma máquina mais desenvolvida, que os Italianos aperfeiçoaram.
Assim, coube aos Italianos, em 1905, comercializarem a primeira máquina de Café Expresso.
Em 1945, logo após o final da 2.ª Guerra Mundial, a Itália continua a melhorar as máquinas de café Expresso.
Termino com uma frase de  NAPOLEÃO BONAPARTE:
"O café,  forte e abundante, desperta-me. Dá-me calor, uma força invulgar, uma dor
não sem prazer. Prefiro sofrer a ser insensível."

Lisboa, ‎03-‎01-‎2013

1 comentário:

  1. Excelente contributo ao café, do qual sou adepto acérrimo. Curiosa a sua origem. Há quem lhe chame vício, eu nem por isso. O ato de beber café, não só pelo prazer que proporciona a bebida em si, mas também pelo ato social que confere, é um dos maiores prazeres que não abdico. Por falar nisso, vai um café?

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