Nosso comentário:
Uma bonita história, que seguramente alguns conhecem, e que hoje amavelmente me foi enviada por um dos meus contatos.
Naturalmente fiquei contente e agradecido a quem teve tal amabilidade, quer pela temática, como é óbvio, mas também pelo reencontro que me foi dado ter com a história que lera fazia já algum tempo.
Uma boa lição de equidade e bom senso na aplicação da justiça.
Oxalá nos tempos que correm, ela sirva pelo menos para mostrar como é possível a um juiz ter uma decisão simultaneamente justa e humanamente correta.
Os juízes do Tribunal Constitucional deveriam lê-la antes de se pronunciarem sobre o Orçamento 2013, a tal bomba atómica fiscal, prevaricadora de direitos constitucionais elementares.
Talvez pudessem assim encontrar ânimo e moral para decidirem por uma melhor equidade na distribuição dos "sacrifícios", também pelo direito que assiste a todos os portugueses de verem cumprido o texto da Lei Fundamental de Portugal, a Constituição da República Portuguesa, ao invés de o verem desrespeitado a torto e a direito.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
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O POETA E O OLEIRO
Há muitos anos estava o oleiro
Hammudah a decorar um vaso lindíssimo, quando uma pedra atirada da rua, lhe
partiu outro vaso também muito belo.
Furioso, dirigiu-se para a porta
da sua olaria, onde já havia um monte de curiosos.
Deparando com o culpado, o poeta
Fauzi, á sua espera envolveram-se os dois numa
grande discussão.
Foram levados
ao juíz, um homem calmo e bondoso, vendo a exaltação do oleiro perguntou-lhe:
-Mas afinal o que se passa?
O oleiro respondeu:
-Estava na minha oficina a
preparar dois vasos para vender, quando ouvi um ruído
surdo e a seguir um baque.
Tinha sido o poeta Fauzi, que ao passar à minha porta, atirou uma pedra
a um dos meus belos vasos e partiu-o. Isto não se faz!!!
Quero uma indemnização.
Virando-se para o poeta, o juiz perguntou:
Porque fizeste isso? Que alegas
em tua defesa?
O poeta respondeu:
-Há três dias
voltava eu da mesquita, quando ao passar á porta do oleiro, percebi que ele
declamava um dos meus poemas. Como o fazia incorretamente eu ensinei-lhe a forma
correta, que ele repetiu facilmente...
No
dia seguinte quando lá passei declamava-os completamente
deturpados. Ensinei-o de novo.
Hoje, ao regressar a casa, ouço
a minha linda poesia a ser declamada por ele com as rimas
estropiadas,
"estragando" os meus versos.
Então,
apanhei uma pedra do chão e parti-lhe um dos seus bonitos vasos. Senti-me
ferido na minha sensibilidade de artista.
Ao ouvir estas alegações o juiz
disse ao oleiro:
-Espero que tenhas aprendido a
lição. Respeita as obras alheias se queres que respeitem as tuas.
Por isso determino que o oleiro
fabrique um novo vaso lindo e harmonioso, no qual o poeta
escreverá um dos seus belos
poemas. Esse vaso será vendido em leilão, e o produto da venda
dividido igualmente pelos dois.
E reza o resto da história que o
sucesso da venda foi tal, e tantas foram as encomendas,
que tanto o oleiro como o poeta
acabaram por se tornar ricos e amigos para o resto da
vida........
LISBOA, 06-01-2013
Ser juíz sempre foi complicado....especialmente quando se é imparcial e honesto....
ResponderEliminarAgora estamos cá no nosso Portugal também desejando que o mais rápido possível volte
a IMPARCIALIDADE e a Verdade nas decisões dos juízes.....
Convém lembrar aos mais desatentos que não é por acaso que a estátua que representa a JUSTIÇA, tem os olhos vendados.....