domingo, julho 23, 2006

sonho branco


Meu passarinho esvoaça nas neves dos glaciares
Queria ser tão puro como ele e encontrar
Ninho e abrigo nele
Aconchego bom em tanto frio

Mas como menino de escola que sou
Certezas sempre por saber
Fico de castigo em outro inverno
Onde nem o sol quando aparece
Brilha
Nem me aquece

Chego a desejar a palmatória
O erro condenado
É mais aceitável a dor do que o amor

E se é curto o meu mundo e tenho medo
De ir mais longe
Em busca do tesouro
Pois que não me queixe quando morro
E me arrasto lento e frouxo pelos dias

Que me não sinta triste
Só porque não tenho
O que se partisse e ousasse tinha

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