Pezinhos com pezinhos consolados
Em posição fetal de angelical prazer
Depois o abraço
Olhos nos olhos mesmo ali
Pertinho
(Que dor que dói de ver-me neles
também de eles me verem tão cá dentro)
E perguntava-me sem falar
Será que eles sabem tudo a meu respeito
Que são magos e adivinhos
E se soubessem
Era medo muito medo que sentia
Ora entrava ora saía
Ora dava ora tirava
Olhos espelho em que me via tanto
O muito que se quer
O tão pouco que se pode
O coração enorme feito pequenino
Na falta de jeito que se mostra
Que sei eu daquela vida além dos olhos
Que ganhavam perdiam brilho como estrelas
Que atraíam assustavam a um só tempo
Que sei eu para além dos julgamentos
Das frases decoradas
Dos silêncios aprendidos
Das linhas rectas descampadas
Dos faz de conta que desculpam actos
Senti-me mais uma vez tão poucochinho
No complexo inexplicável dos afectos
Na incapacidade de dar e de pedir
Um pé uma mão um beijo um sítio
Um recanto
Onde ao menos de quando em vez
Se repetisse o sonho
Será que falta coragem a cada um de nós
Para pedir isso
Pedir simplesmente o que se quer como uma criança faz
“dá”
Decerto ninguém recusaria satisfazer um pedido assim
Ingénuo espontâneo cativante
A dificuldade está
Em pedir como a criança pede
Em dar como a criança dá
Porque a criança está
Para além do disfarce
E por ser assim com ela tudo acontece
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