segunda-feira, julho 24, 2006

lágrimas sem regresso


Onde estão os tempos que incendiaram
As estradas os lugares os sonhos
O frenesim que alimentava
Um amor nascido para não ter fim

Optámos os dois pela via estreita
Por ser mais calmo sobreviver assim
Optámos pela distância
Para curar males maiores talvez horrores

Mas viver assim é viver menos
É nã ter o calor a paixão
E a dor de amar
É não viver com consciência que só se vive uma vez
E não se sabe quanto tempo
Ou até quando

E um coração morto é um coração sem vida
Eu morri nos teus braços no último dia em que te vi
Penso que morreste também
Nas lágrimas que chorámos
Tantas lágrimas que o teu colo incendiava
Nos meus olhos que olhavam os teus
Pouco antes de perdê-los

E apesar de em cada dia tentarmos sobreviver
Depois da despedida
Só apetece dizer
Que vida complicada
Que entrelinhas impossíveis de alterar
Que desperdício meu amor
Pela totalidade que fomos e que não volta mais

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