Nosso comentário:
O saber não ocupa lugar e, com a ajuda de uma colaboradora que teima em mandar-me coisas interessantíssimas, muitas das vezes não resisto em publicitá-las.
Obrigado pela colaboração, aliás sou um fã de textos que ensinem alguma coisa e que os mesmos sejam escritos de forma não rebuscada.
Não maçam quem os lê, muitas pessoas há com pouco tempo disponível para leituras paralelas às suas difíceis tarefas e preocupações do dia a dia, logo a simplicidade e clareza ajudam a transmitir uma ideia que se queira transmitir.
É o caso do presente texto, simples e muito elucidativo sobre a temática extensa (que não se esgota aqui como é óbvio) das profissões que têm desaparecido. Umas vezes pura e simplesmente porque deixam de fazer sentido com o evoluir dos tempos, outras por se ter encontrado melhor solução para as executar.
Deixo os caros leitores em fim de tarde de Domingo, Lisboa, Portugal, com o texto que se segue, trazendo à lembrança profissões que fazem já parte da história, ou do nosso imaginário.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
PROFISSÕES QUE TÊM VINDO A DESAPARECER
Com a Revolução industrial, que
trouxe a evolução tecnológica, muitas profissões desapareceram ou evoluiram de
uma forma rápida e inesperada. Há algumas
profissões que desapareceram, sinais do progresso...no entanto algumas pela sua
importância no quotidiano das pessoas de então, merecem,
quanto a mim, uma maior atenção, que
mais não seja para nos fazer pensar o quão difícil era a vida de algumas pessoas.
-O Aguadeiro, a lavadeira, o ardina,
o limpa chaminés, o trapeiro, o fotógrafo "à la minute", o leiteiro, o
petrolino, o resineiro, entre outras...
-O AGUADEIRO- tinha como trabalho
diário vender água ás pessoas. Transportava a água em recipientes de madeira,
tipo pipas.
-A LAVADEIRA- ia semanalmente ás
casas das pessoas onde deixava a roupa lavada e seca da semana anterior, e
levava outra trouxa de roupa
para lavar. Normalmente as
lavadeiras vinham de Caneças. Talvez porque lá havia bastante água em tanques
para lavarem a roupa.
-O ARDINA- era um jovem que
vendia os jornais. Ia pelas ruas apreguando, para chamar a atenção das pessoas.
Quando tinha fregueses certos entregava em mão os
jornais à porta.
-O LIMPA-CHAMINÉS- era um homem
que tinha como trabalho limpar as chaminés. Nessa altura ainda se cozinhava a
carvão.
Então os seus serviços eram
muito solicitados. Andava sempre vestido de preto, claro, e a cara e mãos todas
enferrujadas. Trazia sempre uma corda grande e uma vassoura
especial...
-O TRAPEIRO- era um homem que
vendia e trocava trapos. Esses trapos eram quase sempre utilizados para fazer
mantas ou tapetes em teares muito artesanais, e até muitas vezes à mão.
-O FOTÓGRAFO À LA MINUTE era uma
figura castiça. Tinha uma máquina muito artesanal, com um pano de flanela preta, onde estava a máquina.
Normalmente estava nos jardins,
ao domingo para tirar fotos aos namorados ou a grupos de amigos. Antes de tirar
a fotografia juntava as pessoas
e dizia:- Olha o
passarinho...Depois, punha o negativo
num balde com um liquido. Aguardava-se
que a foto se mostrasse ainda molhada...
-O LEITEIRO- vendia o leite de
porta em porta. Transportava-o em bilhas de metal. Tinha uns copos também de
metal de um litro e de meio litro.
As pessoas punham o leite em
fervedores e só depois de fervido é que o bebiam, ao pequeno almoço.
-O PETROLINO- andava com uma
carroça puxada por um cavalo. Nessa carroça transportava: petróleo, sabão,
vassouras escovas para limpar o chão...
-O RESINEIRO- era o homem que
tirava com todo o saber a resina dos pinheiros. Fazia um corte no tronco dos
pinheiros e colocava um vaso de barro. A resina ia caindo para esses vasos e o
resineiro tinha como tarefa recolher essa resina que mais tarde daria para
fazer cola.
É assim, muitas mais profissões
havia a referir...afinal quando o HOMEM quer trabalhar, inovar, melhorar é
capaz...
Tem capacidades para isso, mas
também precisa de Confiança, de Acreditar em si e em quem o governa...
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