Nosso comentário:
Nunca é demais lembrar a figura imortalizada por Rafael Bordalo Pinheiro, ZÉ POVINHO, para caraterizar o português típico da sua época.
Para o seu tempo Rafael Bordalo Pinheiro foi aquilo que se pode chamar um HOMEM DE VANGUARDA.
Em vésperas de grandes movimentações de portugueses por tudo quanto é cidade no próximo Sábado, dia 2 de Março, lembrei-me de evocar a figura do "ZÉ POVINHO".
E assim porque o seu criador, Rafael Bordalo Pinheiro foi um homem com ideias sobre ricos e pobres.
Sobre a política opressora que maltratava o povo.
À época vivia-se sob a égide da Monarquia mas a história tem sempre aspectos que repete. Daí que o célebre "manguito" da sua época continua a fazer todo o sentido e, por esse facto, a ser exibido, quer em manifestações políticas, quer em movimentações sociais dos dias de hoje.
Estou certo de que o veremos (ao manguito) algures em uma das cerca de 40/50 cidades em que se concentrarão portugueses, em Portugal e no estrangeiro.
Veremos e ouviremos muitas outras coisas mais, entre elas, seguramente cânticos de Zeca Afonso, tais como GRÂNDOLA VILA MORENA.
Agradeço a quem me enviou a história do Zé Povinho (embora sucinta e curta) pois não podia vir mais a calhar para ilustrar os tempos conturbados que o nosso querido país vem vivendo ultimamente.
Oxalá as manifestações de 2 de Março possam contribuir para que sejam respeitados os altos valores da Democracia, para que não haja lugar para ditadores perversos e autistas conduzindo os seus povos para becos sem saída.
Que seja intentada e reposta a soberania nacional.
PS. Deixo a breve história do Zé Povinho
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
ZÉ POVINHO
A "figura"do Zé Povinho
foi criada por Rafael Bordalo Pinheiro, e surgiu pela primeira vez em público em 1875.
Representava o
português típico da época: barrigudo, gostando de vinho e de açorda, vestindo
calças remendadas e botas rotas.
Vivia
oprimido, critico e maldizente da politica económica capitalista.
Estava sempre
do lado dos que não tinham voz nem poder.
Crítico quanto à politica da sua época, que na altura era monárquica.
A sua cara metade era a Maria
Paciência.
Era representada por uma figura de mulher
"alfacinha", esposa resignada numa sociedade machista.
A figura típica do Zé Povinho,
ainda se mantém com toda a atualidade.
Não raras são as manifestações de
protesto politico/social, em que vemos a figura do Zé Povinho fazendo o seu gesto tão
peculiar...
O imortalizado "manguito".
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