quarta-feira, fevereiro 13, 2013

Novo Acordo Ortográfico, um NIM na orfandade Lusa


Nosso comentário:


Divulgo hoje esta tomada de posição da Sociedade Portuguesa de Autores quanto à adopção ou não adopção do NAO (Novo Acordo Ortográfico)
Esta divulgação destina-se em particular, como é óbvio, aos leitores que não tiveram conhecimento anterior de tal posição da SPA (Sociedade Portuguesa de Autores) que data do passado mês de Janeiro.
No nosso caso pessoal, de há um tempo a esta parte vínhamos praticando com alguma dificuldade mas também afinco, a escrita de um português mais ou menos semelhante ao aconselhado pelo Novo Acordo.
Como tudo neste país anda à deriva, ninguém sabe nada de nada, o que se passa com as falhas de previsão governamental, passa-se com os feriados, com os impostos, com as autarquias, com a refundação do Estado, com os subsídios de natal e de férias, com as fundações, com as polícias, com as forças armadas, com o Acordo Ortográfico, com os duodécimos, com, com, com...
Eu sinceramente, neste país adiado e sem rei nem roque, fico agora também sem saber como escrever na minha Língua Materna: 
A LÍNGUA PORTUGUESA.
Como me considero um tanto rebelde e como nada é o que era dantes, vou dar-me ao luxo de escrever como me der nas ganas. Umas vezes escreverei parecido com as regras do Novo Acordo Ortográfico, outras vezes escreverei como meus professores das primeiras letras me ensinaram.
Oxalá algo aconteça para melhor neste nosso querido Portugal.
Porque se nada acontecer, se todo e qualquer um se sentir cada vez mais entregue aos bichos, baralhado, confundido, num sentimento de insegura e doentia orfandade, tenho por certo que a população portuguesa passará um longo, pesado, fatídico calvário sem salvação à vista.



Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/







SPA não adopta o novo acordo ortográfico perante as posições do Brasil e de Angola sobre a matéria




A SPA continuará a utilizar a norma ortográfica antiga nos seus documentos e na comunicação escrita com o exterior, uma vez que o Conselho de Administração considera que este assunto não foi convenientemente resolvido e se encontra longe de estar esclarecido, sobretudo depois de o Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor do Acordo.
Assim, considera a SPA que não faz sentido dar como consensualizada a nova norma ortográfica quando o maior país do espaço lusófono (Brasil) e também Angola tomaram posições em diferente sentido. Perante esta evidência, a SPA continuará a utilizar a norma ortográfica anterior ao texto do Acordo, reafirmando a sua reprovação pela forma como este assunto de indiscutível importância cultural e política foi tratado pelo Estado Português, designadamente no período em que o Dr. Luís Amado foi ministro dos Negócios Estrangeiros e que se caracterizou por uma ausência total de contactos com as entidades que deveriam ter sido previamente ouvidas sobre esta matéria, sendo a SPA uma delas. Refira-se que também a Assembleia da República foi subalternizada no processo de debate deste assunto.
O facto de não terem sido levadas em consideração opiniões e contributos que poderiam ter aberto caminho para outro tipo de consenso, prejudicou seriamente todo este processo e deixa Portugal numa posição particularmente embaraçosa, sobretudo se confrontado com as recentes posições do Brasil e de Angola.


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