sábado, novembro 17, 2012

Violência não é só atirar pedras...


Nosso comentário:


Sem querer estar a por em questão as opções de cada um, devo afirmar aqui e agora que sempre me pautei por ser o mais pacifista possível.
Não será agora que vou mudar, pelo menos no conceito de pacifismo como princípio básico de convivência entre pessoas, grupos, Estados.
Portanto sou contra a violência. Não gosto. Seja ela qual for. 
Mas, e há sempre um "mas", dadas as atuais circunstâncias difíceis de muitas pessoas e famílias neste país, circunstâncias essas tornadas ainda mais difíceis por acontecerem assim da noite para o dia e um pouco avulso...
a mensagem que encontrei na internet, que pode ser lida abaixo, fez eco em mim.
Realmente há que meditar hoje mais do que nunca no fenómeno "VIOLÊNCIA".
Mais hoje do que nunca porquê?
Porque hoje as populações estão mais esclarecidas, têm mais saber do que antigamente quando era normal, usual dar-se vergastadas ou atirar-se com alguém para a fogueira, ou escravizar-se e abusar-se em todos os sentidos da pessoa humana.
Longe vão os tempos de se atirarem homens às feras para gáudio dos imperadores e senhores feudais.
Longe vão os tempos em que os poderosos ditavam a seu bel-prazer as leis da sorte e da morte. Da paz e da guerra.
Ainda bem que muitos progressos têm sido feitos, designadamente neste nosso querido Portugal.
Daí que é oportuno dizer, que tentar recuperar uma forma de poder já ultrapassada pelas sociedades civilizadas, ditas democráticas, é querer fazê-las regredir, voltar ao tempo em que se governava à cacetada, sob a batuta do medo e da repressão exercidos sobre povos desprotegidos e mantidos na miséria e obscurantismo.
Quem  hoje manda, eleito democraticamente, tem o poder que o povo lhe confere através do voto, é certo, mas também tem deveres, tem uma Constituição a cumprir, tem regras fundamentais votadas pela generalidade do povo pelas quais se deve nortear.
É aqui que entra a violência.
Se um governo é violento no que faz, nas medidas que toma, nas decisões ambíguas que persegue, se falta ao prometido para que fora eleito...
aí temos que aceitar aquele princípio básico que quase todos nós aprendemos nas escolas: VIOLÊNCIA GERA VIOLÊNCIA.
 
 
PS. Ficam algumas considerações sobre violência retiradas como disse da Internet.
Fica também a postura de um ministro do governo atual ante os estragos de um "tornado".

 
Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
http://lusito.bubok.pt/





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Miguel Macedo de “mãos vazias” para ajudar vítimas do tornado           
                 

Aos pedidos de auxílio da autarquia, Miguel Macedo respondeu que a situação exige “medidas transversais” ao nível da administração central, mas não se quis comprometer. Os apoios que existem, exemplificou, são os mesmos que foram definidos pela resolução dos conselhos de ministros, após o grande incêndio nos concelhos de Tavira e São Brás de Alportel, no verão passado. Para já, o trabalho que deve ser feito, disse, é definir “prioridades, e fazer o levanto preciso das situações”. O autarca de Silves, já declarou que o município, por si só, não tem condições financeiras para resolver os problemas que surgiram de forma inesperada

Após uma visita à zona ribeira, onde constatou os estragos causados em toda a baixa da cidade de Silves, a comitiva autárquica e ministerial deslocou-se ao edifício da Câmara – um dos imóveis que ficou parcialmente sem cobertura. O telhado do salão nobre foi pelos ares. Miguel Macedo reconheceu a violência da tempestade que assolou a região, mas ficou-se pela expressão da manifestação de solidariedade “Não tenho nenhumas dúvidas, está à vista de todos”, sublinhou.

Já no que toca às ajudas que os autarcas e população aguardavam, o ministro recusou assumir responsabilidades. O que as pessoas esperam numa circunstância desta, afirmou: “Em primeiro lugar, a presença do Governo; em segundo, que sejamos tão eficientes e tão eficazes, quanto reconhecidamente fomos noutras situações”.

Ao princípio da tarde de sexta-feira, o Algarve foi varrido por uma onda de "vento extremo" que arrancou do mar, frente à praia da Carvoeiro, fez voar carros em Lagoa, e causou em Silves a maior destruição.

O fenómeno, com a configuração de um tornado, causou 13 feridos, três dos quais em estado grave, arrancou árvores pela raiz, sugou cadeiras das janelas dos apartamentos, partiu montras, virou autocaravanas e atirou telhas pelos ares. A tempestade fez ainda 12 desalojados e deixou 4600 pessoas sem electricidade.

1 comentário:

  1. Fiquei deveras "tocada" ao ler o post que escreveste hoje.
    Ele faz-nos relembrar de forma clara o quanto a palavra "violência" tem várias formas de ser encarada.
    Quando se chega a uma situação de enorme injustiça humana,social
    Quando não vislumbramos um pequeno raio de esperança em dias melhores
    Quando deixamos de acreditar em quem julgávamos ser minimamente honesto então surge, sem dúvida, a revolta que pode levar á violência verbal e fisica....
    Não defendo de forma alguma agressões.....agora há limites e nós, pessoas boas
    cumpridoras, sempre...ai revoltamo-nos pois "quem se não sente não é filho de boa gente"
    M.A.

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