quarta-feira, novembro 21, 2012

Um país de cavadores e pescadores...


Nosso comentário:


Políticos sem ideias próprias, amarras internacionais via ocupação da TROIKA.
Uma desilusão para quem passa os olhos pelas páginas da imprensa e quer vislumbrar uma afirmação, uma só que seja, que possa fazer a diferença.
Nada.
Passos Coelho igual ao menos bom do antanho, igual a si próprio. Uma ministra da agricultura que se congratula nas suas poucas primaveras, com o regresso dos jovens ao trabalho agrícola. Um presidente da República, por acaso ou talvez não, que afirma algo de parecido com a ministra da agricultura.
Fala o PR que é preciso acabar com o estigma que nos afastou da terra e do mar.
Deve querer que os filhos dos outros sejam cavadores e pescadores, não os seus, com toda a certeza.
Seguro sem afirmar uma liderança sequer parecida ao antecessor. Sem garra, sem tocar as feridas, sem um discurso firme e preciso que possa fazer a diferença perante o assalto que é feito aos trabalhadores, estudantes e classes médias.
Portas sem nenhumas portas, mesmo tendo entre mãos a pasta de ministro dos negócios estrangeiros.
A esquerda, fora dos circuitos da governação, transmitindo aquela imagem de ter projetos de sociedade, de mudança até, mas numa sociedade mais que aburguesada é grande a dificuldade de fazer entender o que diz ao comum dos cidadãos.
Pouca gente se convence de que neste momento essa esquerda possa alcançar o poder sem o PS.
E o PS não quer ser esquerda.
Berrar então por quem, dizer-se o quê?
De que serve dizer que o senhor A ganha 600.000 euros ou o senhor B, 300.000, ou o senhor C, milhões?
Eles continuarão a ganhar rios de dinheiro e não há quem nos possa valer. Quem possa no fim de contas reduzir o fosso entre ricos e pobres, nivelar mais os desequilíbrios sociais.
De que serve falar dos ordenados do governo bem chorudos com mordomias a perder de vista, para fazerem o que fazem?
É com esses ordenados e mordomias chorudas que carregam forte e feio nos setores da sociedade mais frágeis, que enviam os jovens para o estrangeiro; que lhes dificultam o acesso ao ensino superior; que deixam que crianças passem fome nas escolas; que entregam as responsabilidades sociais maioritariamente da responsabilidade de um Estado sério, a privados sem escrúpulos, cujo fim último é o lucro; que vendem o património público de maior valia que lhes foi legado a um qualquer consórcio, um qualquer oportunista que aparecer...
Pois lucre-se com a saúde, lucre-se com o ensino, lucre-se com o património nacional, lucre-se com a miséria...
Agora só pergunto: se não querem Estado, se falam tão mal de tudo o que é Estado, porque não começam os governantes, que são altos funcionários públicos, por se demitir?
Se o Estado é uma treta, os funcionários públicos uma treta, como dizem, porquê os senhores governantes, altos funcionários públicos, continuam a servir-se dele, Estado, para imperarem?
Para quê então haver ministros e seus extensos quadros, despesas e honorários de fazer nascer pelos na cabeça de um careca?
Entregue-se a gestão do país a uma empresa. Prescinda-se de tantas e tais despesas escusadas.
Talvez até que haja voluntários para o fazer, representantes do povo, que façam mais e melhor com custos bem mais baixos.
 
 
PS. Deixo-lhes alguns títulos da imprensa que de certa forma provocaram em mim este desabafo. Oxalá consigam abrir os link's com facilidade.
 
 
 
 Fiquem bem, António Esperança Pereira
 
 
http://lusito.bubok.pt/

 
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