segunda-feira, novembro 12, 2012

Merkel veio já se foi: o medo guarda a vinha


Nosso comentário:


Apenas quatro palavras importantes sobre a visita da sr.ª Merkel a Portugal: 
"Veio, já se foi".
As restantes que possa dizer a seguir são de somenos importância, porque saltam aos olhos de todos.
A chanceler apresenta-se no momento como a dona da Europa.  No nosso país dá-lhe a mão o primeiro ministro Passos Coelho, verga-se ao cumprimentá-la o nosso presidente da República, Cavaco Silva.
E não há outro remédio, pois caso não seja assim, e dentro das políticas seguidas, ela corta-lhes o carcanhol, que é como quem diz, o pão nosso de cada dia, que é como quem diz, a "tranche" para sustentar os salários e pensões deste humilhado e quase conformado povo.
Para sustentar também o fiel governo  aliado.
Os banqueiros aplaudem, os que têm chorudos tachos só vêem oportunidades nesta aliança umbilical promovida pelo regime. 
Aliança umbilical esta que, diga-se em abono da verdade, nem o Salazar conseguiu levar tão longe.
Que eu saiba nunca o ex-ditador se deixou seduzir totalmente pelas hostes alemãs. 
Creio que conseguiu alguma moderação e se quedou na simpatia para com o então todo poderoso Adolfo Hitler.
Portugal 2012, aqui e agora, outros tempos sem dúvida, protagonistas de outras caras, guerras completamente diferentes.
As armas da Alemanha atual não são as do século passado, parece agora usar e abusar dos cifrões da finança em seu proveito,  armas aparentemente menos mortíferas que as usadas na II Guerra Mundial, mas não tenho a certeza.
Neste cenário novo, que há que aceitar como uma realidade, nem vejo França, nem Reino Unido, nem Itália, nem Espanha, nem ninguém com tomates para contrariar com genica e perspicácia esta hegemonia alemã, a que alguns vão chamando de IV Reich.
Eu não lhe chamaria tanto, a sr.ª Merkel até se vai rindo, até vai abrindo os cordões à bolsa em troca de austeridade, até cumprimenta as pessoas, até diz que vai dar esperança aos "colonatos" visitados.
Nós sabemos que a austeridade por ela exigida dá muito dinheiro a ganhar a muita gente.
Por isso ela dura dura dura. 
Não foi em vão que a própria chanceler prometeu pelo menos uns anos de profunda austeridade, ou seja, um longo calvário.
E os povos estão assustados. Com a barriga menos cheia, as expectativas a irem por água abaixo, não é difícil a ela e seus compinchas fazerem tremer todo e cada um quando lhes dizem que pode estar em perigo a próxima "tranche".
O Zé Povinho coitado, sem "tranche", fica todo borrado e nem é para menos... 
até porque se trata de um Zé Povinho, o Zé destes novos tempos, que encheram de vícios e luxos, que dá muito valor ao dinheiro e nem quer ouvir falar em corte do mesmo. 
Portanto "o medo guarda a vinha" como se diz na minha terra.
A única questão que se põe é até quando o orgulho ferido se manterá adormecido em povos tais e tantos, qual deles o de maiores feitos no passado... refiro-me, claro está, aos povos europeus que já comeram, que comem ou que virão a comer por tabela.


PS. Deixo abaixo uma imagem com texto que retirei do facebook, muito a propósito  que tenta retratar o fim da caminhada da austeridade.


Fiquem bem, António Esperança Pereira

 
http://lusito.bubok.pt/


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O REGRESSO AOS MERCADOS !



Este Governo, ora corta nos rendimentos, ora aumenta os impostos, ora privatiza os serviços públicos, ora vende as empresas públicas , que podemos ficar ainda mais endividados e com juros que não conseguimos pagar, mas sim, o Gaspar garante que vamos a caminho da feira! 

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