Nosso comentário:
Em Portugal vivem-se dias complicados.
Está difícil, confusa, nebulosa a realidade de hoje, está ainda mais confusa, nebulosa, a realidade por vir, ou seja o futuro.
Está difícil, confusa, nebulosa a realidade de hoje, está ainda mais confusa, nebulosa, a realidade por vir, ou seja o futuro.
Todas as projeções, em vésperas da visita da líder mais badalada desta Europa em desacerto, apontam para dias piores, nada de melhorias ou perspetivas de melhorias a curto prazo.
A própria sr.ª Merkel avisou já que nos preparemos, os países em maiores dificuldades claro, para um longo período de austeridade, de perda de direitos adquiridos, de perda de esperança.
Que digamos adeus ao Estado Social, que é muito dispendioso para quem é "pobre".
Uma perda de esperança que implica a venda do melhor do nosso património.
As melhores empresas, o melhor que o nosso país tem.
Corta-se na Educação, as Universidades dizem que para o próximo ano poderão ter dificuldade em manter o seu regular funcionamento.
Corta-se nos cursos, fecham-se escolas, hospitais, eliminam-se autarquias, despedem-se portugueses todos os dias de tudo quanto é sítio.
Cada vez um número maior de crianças vão com fome para a escola, adiam-se consultas por falta de dinheiro, a pedinchice, a miséria espalham-se pelas ruas, pelos semáforos, pelos centros comerciais, as lojas fecham a um ritmo alucinante, as empresas idem aspas, os jovens emigram....
Uma economia quase estagnada, sem ritmos de compra, venda e troca mínimos, para que uma sociedade dita normal funcione.
Portugal em desalinho, quase no caos, seguindo o caminho de outros espoliados.
Para quê? Porquê?
Terá que ser assim, Portugal parceiro exemplar desde longa data desta União Europeia, a braços com uma situação de "ou pagas ou morres" por banda dos seus parceiros?
Não será chegado o momento de revermos melhor os nossos amigos e parceiros? uma nova definição de soluções para este país?
Porque meus caros amigos, se é dificuldades o que temos na União Europeia, há que avaliar melhor possíveis saídas da crise e propor alternativas a um POVO PORTUGUÊS neste momento sem chama, sem liderança, sem um rumo, sem esperança.
A sr.ª Merkel vem aí.
Para dizer o quer? que só meia dúzia é que têm direitos, o resto tem que ser pobre, mão de obra barata, sopa dos pobres, trabalho de sol a sol, para que a Alemanha e outros que tais aproveitem, podendo assim fazer face ao perigo amarelo, à concorrência dos chineses?
Pois se for isso que tenham a coragem de o dizer.
Se por outro lado, quiserem continuar a construção europeia, têm que mudar muito o discurso a as ações, porque a indignação, a revolta, cada vez mais se instalam nas mentes dos cidadãos europeus ludibriados, enganados, roubados.
PS. A sr.ª Merkel parece que permanecerá 5 horas em Portugal. Que sopa nos servirá ela em tão escasso tempo?
Abaixo na notícia do jornal PÚBLICO vejam a sopa que a sr.ª Isabel Jonet serve aos portugueses que têm o azar de ser/ficar pobres. Um assunto bem polémico no momento!!!
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
-----------------------------------------------------------------------------------------------------
Isabel Jonet acusada de usar a fome como arma política
Por José Augusto Moreira
Poderia ser apenas uma questão de canja ou caldo, mas as declarações da presidente do Banco Alimentar Contra a Fome, Isabel Jonet, desencadearam uma violenta onda de protestos, com insinuações de índole pessoal, acusações de activismo político e até um pedido de demissão.
A sopa em que mergulhou a polémica tem como principal ingrediente o facto de Jonet ter afirmado que “os portugueses vivem muito acima das possibilidades” e que, por isso, vão ter que “aprender a viver com menos”. “Vamos ter que empobrecer muito, vamos ter que viver mais pobres”, disse, em conclusão, a presidente do Banco Alimentar (BA), na quarta-feira em directo no programa Última Edição, na SIC Notícias, onde se debatiam as causas e consequências da actual situação de crise generalizada.
As reacções de indignação multiplicaram-se logo nas redes sociais e, numa carta aberta publicada nesta quinta-feira na Internet pelo Movimento Sem Emprego, Jonet é acusada de proferir “insultos”, “declarações aviltantes” e de “mascarar de caridade o saque que estão a fazer às nossas vidas”.
Redigido em tom agressivo e desafiador, o documento dirige-se à responsável pelo BA dizendo que “o tamanho dos seus disparates não abafa os murmúrios da pobreza e miséria”. Assumindo-se como a voz do “milhão e meio de desempregados”, diz ainda que “o tempo não é de substituir o ‘Estado Social’ pelo ‘Estado de Caridade’, mas de pelo menos ter tanto cuidado com os pobres como com aquilo que se diz”.
Contactada pelo PÚBLICO, Isabel Jonet disse não querer fazer qualquer comentário sobre a polémica suscitada pelas suas afirmações, deixando entender que a questão poderá ser devidamente enquadrada e esclarecida no âmbito duma próxima campanha para a recolha de alimentos.
Nesta quinta-feira foi também lançada na Internet uma petição para “a demissão imediata de Isabel Jonet do cargo da presidência do Banco Alimentar Contra a Fome”. O pedido é justificado por as suas declarações constituírem “uma enorme falta de respeito para com os cidadãos pobres deste país”, cuja situação de desespero “não se coaduma com as políticas de um Estado caritativo” que Jonet é acusada de defender.
Além das questões de substância, a carta aberta assume também um tom de violento ataque pessoal à presidente do BA. “Sabemos que olha para os pobres com desdenho, nojo, pena. Sabemos que na hora de fazer a contabilidade aquilo que a move é a sua canja, o seu ceviche, não o caldo dos outros”, diz o texto, sublinhando que “o mundo de Jonet é o mundo da classe dominante, do privilégio, da riqueza (...), dos esterótipos que ajudam a lavar o sangue que lhe escorre das unhas”.
A carta terá sido redigida pela historiadora Raquel Varela, autora do estudo “Quem Paga o Estado Social em Portugal”, que em declarações à TSF se mostrou “incrédula” e “indignada”, acusando mesmo a presidente do BA de “usar a fome como arma política e promover o retrocesso social”.
“É óbvio que o que está a fazer é actividade política”, afirmou. No seu entender, “a fome é um pesadelo que não pode ser usado” e o acesso a mantimentos de qualidade “não é distribuir pacotes de açúcar e arroz”. Até porque, frisou, “temos hoje um padrão histórico novo, com pobres gordos e ricos elegantes, justamente porque a fome não é só uma questão calórica”. Ou seja, a diferença entre a canja e o caldo.
As reacções de indignação multiplicaram-se logo nas redes sociais e, numa carta aberta publicada nesta quinta-feira na Internet pelo Movimento Sem Emprego, Jonet é acusada de proferir “insultos”, “declarações aviltantes” e de “mascarar de caridade o saque que estão a fazer às nossas vidas”.
Redigido em tom agressivo e desafiador, o documento dirige-se à responsável pelo BA dizendo que “o tamanho dos seus disparates não abafa os murmúrios da pobreza e miséria”. Assumindo-se como a voz do “milhão e meio de desempregados”, diz ainda que “o tempo não é de substituir o ‘Estado Social’ pelo ‘Estado de Caridade’, mas de pelo menos ter tanto cuidado com os pobres como com aquilo que se diz”.
Contactada pelo PÚBLICO, Isabel Jonet disse não querer fazer qualquer comentário sobre a polémica suscitada pelas suas afirmações, deixando entender que a questão poderá ser devidamente enquadrada e esclarecida no âmbito duma próxima campanha para a recolha de alimentos.
Nesta quinta-feira foi também lançada na Internet uma petição para “a demissão imediata de Isabel Jonet do cargo da presidência do Banco Alimentar Contra a Fome”. O pedido é justificado por as suas declarações constituírem “uma enorme falta de respeito para com os cidadãos pobres deste país”, cuja situação de desespero “não se coaduma com as políticas de um Estado caritativo” que Jonet é acusada de defender.
Além das questões de substância, a carta aberta assume também um tom de violento ataque pessoal à presidente do BA. “Sabemos que olha para os pobres com desdenho, nojo, pena. Sabemos que na hora de fazer a contabilidade aquilo que a move é a sua canja, o seu ceviche, não o caldo dos outros”, diz o texto, sublinhando que “o mundo de Jonet é o mundo da classe dominante, do privilégio, da riqueza (...), dos esterótipos que ajudam a lavar o sangue que lhe escorre das unhas”.
A carta terá sido redigida pela historiadora Raquel Varela, autora do estudo “Quem Paga o Estado Social em Portugal”, que em declarações à TSF se mostrou “incrédula” e “indignada”, acusando mesmo a presidente do BA de “usar a fome como arma política e promover o retrocesso social”.
“É óbvio que o que está a fazer é actividade política”, afirmou. No seu entender, “a fome é um pesadelo que não pode ser usado” e o acesso a mantimentos de qualidade “não é distribuir pacotes de açúcar e arroz”. Até porque, frisou, “temos hoje um padrão histórico novo, com pobres gordos e ricos elegantes, justamente porque a fome não é só uma questão calórica”. Ou seja, a diferença entre a canja e o caldo.
-------------------------------------------------------------------------------------------
Alguns comentários à notícia,
via facebook
Para bem do Banco Alimentar, demita-se
Dra Isabel Jonet: pelos milhares de voluntários do Banco Alimentar,pelos milhões se pessoas que ajudaram até hoje o banco Alimentar, pelas 10.000 crianças que o governo (o mesmo que gera condições para haver fome) afirma que passam fome, é claro que deve pedir desculpas a todo, assim com deve pedir a sua demissão da instituição.A sua presença no futuro, na chefia do banco Alimenta faz muito mal à credibilidade da instituição.O efeito das suas declarações são desastrosas para o Banco alimentar.Para bem do Banco Alimentar,demita-se.Seria uma atitude cristã e de bom senso da sua parte.
Carlos Alves
Nunca me enganou
Existem por este país forma muitas(os) como ela. Por detrás de uma imagem de entrega e competência, está um "brincar à caridadezinha" que nos faz lembrar outros tempos. Nunca me enganou
José Carlos Vinagre
Tias da Direita; Tias da Opus Dei.
A crise desmascarou esta tia salazarenta. Dava sempre para o Banco Alimentar. Nunca mais dou. Para as tias, os pobrezinhos servem para elas se tornarem santas de pau carunchoso.
Dinis Evangelista
Porque não se demite?
Se ministros podem mentir à vontade, e - por não terem vergonha - não se demitem, temos mais um caso de falta de vergonha, de alguém que está bem na vida, que não sabe o que é a pobreza, alguém que tem a função de gerir a pobreza dos outros, mas não a sofre na pele, enfim, só lhe resta "fabricar" pobres e gerir a pobreza. Dizer que os portugueses viveram acima das possibilidades é falta de conhecimento e falta de carácter desta pessoa.
Sem comentários:
Enviar um comentário