Nosso comentário:
Nos tempos que correm, um país Portugal afundado no medo, nada nem ninguém podem (assim à primeira vista) impedir que os credores se passeiem por aí com o à vontade que os portugueses já não têm.
Perdem-no de dia para dia na sua própria casa com a ajuda de um governo servil.
Refiro-me, claro está, aos que ficam.
Os outros, os que partem, como sempre foi sina deste povo, lá irão buscar a sorte noutras paragens, noutras aragens, como cantava o Manuel Freire:
Ei-los que partem
novos e velhos
buscando a sorte
noutras paragens
noutras aragens
entre outros povos
ei-los que partem
velhos e novos
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A tristeza de novo após a esperança trazida pelo 25 de Abril.
Histórias velhas em tempos de hoje, contadas nas televisões, nas ruas, nos locais de trabalho, nas escolas, nos centros de emprego, entre familiares, etc.
Lágrimas de quem parte, lágrimas de quem fica.
Uma dor que parecia atenuada e até superada com a entrada na União Europeia, com o fim das guerras coloniais, com o aumento das valências pessoais e nacionais deste país.
Afinal, tudo foi mentira, ou querem fazer-nos crer que foi mentira.
No meu tempo, anos 60/70 estudavam nas Universidades Portuguesas cerca de 30.000 alunos. Atualmente, antes da "dita crise" esse número subira para 500.000 alunos, mais coisa menos coisa.
Parece que é tudo treta, não vale a pena estudar-se. Melhor ser-se analfabeto...(!!!???)
No meu tempo, anos 60/70 contavam-se pelos dedos das mãos as estradas dignas desse nome existentes no país. Hoje cobrem-no amplas autoestradas de norte a sul, de este a oeste.
Parece que não servem de nada. Era melhor continuarmos com os caminhos de cabras, as rodeiras, as estradas internacionais de meter vergonha ante as espanholas por exemplo. As poeirentas vias de comunicação enxameadas de pedras poucas vezes pintadas de alcatrão.
Criou-se um SNS (Serviço Nacional de Saúde) de fazer inveja aos mais evoluídos países.
Êxitos na mortalidade infantil, uma das mais baixas do mundo. Apostou-se, e bem quanto a mim, nas novas tecnologias, nas tecnologias de ponta, nas energias alternativas, uma vez que Portugal, pelo menos por enquanto, não tem petróleo.
As cidades ficaram mais modernas. As vilas, as aldeias... basta visitá-las para ver isso.
Mas parece afinal que foi tudo em vão, nada valeu a pena, Portugal não merece tanto, há que destruir agora o que foi feito.
É aqui que entram os tais credores, com alguns rostos, mas cujas intenções e devaneios continuam por entender.
Um país moderno, Portugal, em franca expansão, com apostas de futuro, de repente, sem crédito...
Alguém entende isto? alguém entende isto sem questionar os verdadeiros intentos das classes dominantes, a alta finança e os políticos?
Só pode ser má fé. Pior que má fé: ROUBO
Será que os poderosos querem mão de obra barata para competir com a China? Por isso há que voltar a por isto onde estava dantes? gente humilde, trabalhadora de pouco ganho, com uma mão à frente outra atrás?
Pois se for o caso, que o digam. Que o digam a Portugal, à Grécia, à Espanha, à Itália, à Irlanda, a Chipre, à Polónia, etc etc.
Porque, aos que entraram na União Europeia entusiasticamente, como Portugal, criaram-lhes espetativas, retiram-lhas agora?
Que raio de parceiros, que raio de União!!!
Que a sr.ª Merkel e seus pares esclareçam de vez o que querem.
Porque os povos saberão, como sempre souberam, dar resposta a novos desafios que se venham a por, recriando ou não uma nova convivência europeia.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
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Na visita a Portugal, a chanceler alemã terá encontros com Cavaco e Passos, antes de marcar presença na conferência de empresários.
A chanceler alemã, que visita Lisboa no próximo dia 12 de Novembro, não vai visitar a Auto Europa como chegou a ser avançado por fonte oficial do Governo à Lusa.
A agenda de Angela Merkel, nas cinco horas e meia que estará na capital, inclui um encontro com o Presidente Cavaco Silva, seguido de um almoço de trabalho com o primeiro-ministro Passos Coelho.
Na parte da tarde, o programa da chanceler será dedicado à conferência de empresários que terá lugar no Centro Cultural de Belém (CCB). A líder alemã, segundo soube o Diário Económico, chegará acompanhada por uma comitiva de cem empresários alemães, entre os quais se destaca os CEO da Bosch e da tecnológica SAP.
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