Nosso comentário:
Dou hoje relevo a mais um protesto de peso contra este governo e suas desastrosas políticas.
Esse protesto é nem mais nem menos uma carta aberta de 78 cidadãos de vulto.
Uma carta dirigida aos "governantes de nacionalidade portuguesa" com maiores responsabilidades nos comandos actuais de Portugal:
Cavaco Silva e Passos Coelho.
O relevo que lhe dou nem é pelos 78 cidadãos em apreço, todos eles merecedores de inquestionáveis créditos.
Mas sim, por se tratar de mais um conjunto de pessoas de bem, portugueses, que não se conformam com o desastre permanentemente anunciado pelo primeiro ministro.
Um buraco sem fundo nem esperança. Um buraco que é tão escuro que nada que possa acontecer a seguir neste país poderá ser pior do que o quadro draconiano e punitivo das políticas ora seguidas.
Um desastre tratado com uma frieza atroz pelos seus mentores, capaz de nos fazer lembrar um misto de Estalinismo e fascismo de tempos de muito má memória.
A maneira como se fala das pessoas... das mais idosas, das crianças, dos estudantes, dos doentes, de todos os portugueses em geral...
Para este governo, ninguém é tratado como gente. É tão somente um número incómodo.
Um número que consome dinheiro, que tem benefícios sociais, que é preciso punir até à rendição final ou morte lenta.
É assim como que dizer aos portugueses, com uma lata nunca vista depois do 25 de Abril de 74,que para salvar Portugal terá que o matar primeiro.
Mais ou menos isto.
Ouvi o primeiro ministro e fiquei com medo. Não aquele medo real que se tem perante uma fera que se prepara para atacar.
Não.
É mais um medo do vazio, da falta de conteúdo nacional, de visão, de humanismo, de sensibilidade, de ausência de um AQUI IDENTIFICADO, que só pode conduzir a uma qualquer loucura, qualquer coisa de muito mau.
Emoldurando o discurso punitivo, um tecto de números e mais números abstractos, dando cobertura a um chão, qual holocausto, onde jazem pessoas por eles (números) dizimadas.
Uma obsessão doentia por um rumo incerto, vago, imprevisível, irrealista, o discurso do primeiro ministro. Uma obsessão seguidista de modelos não aplicáveis a Portugal, ou, se aplicáveis, com enormíssimos riscos de perda da identidade nacional, de perda dos verdadeiros valores e fundamentos da Pátria Lusa.
Portugal não é o que estes senhores que governam querem fazer crer.
Portugal pode precisar de financiamento externo, como é agora o caso, mas não tem que se vergar perante técnicos de 2.ª e 3.ª linhas das entidades que se designam por TROIKA.
Eles são simples representantes dos nossos credores, da banca financiadora. Não têm poderes de governar Portugal ou de mandar em quem governa.
Sejamos lúcidos em relação a Portugal, aproveitemos para isso a inspiração que pode ser para todos nós, na actual conjuntura, essa data memorável que se aproxima, evocativa do 1.º de Dezembro de 1640.
PS. Fica a notícia sobre a carta aberta ao primeiro ministro e ao Presidente da República. Espero que o link mais abaixo possa abrir a totalidade do conteúdo.
Fiquem bem, António Esperança Pereira
http://lusito.bubok.pt/
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http://www.tvi24.iol.pt/politica/passos-coelho-carta-aberta-mario-soares-governo-tvi24/1397284-4072.html
ResponderEliminarPresidente do CNECV assina a carta aberta mas... considera que existe fundamento ético para que o Serviço Nacional de Saúde promova medidas para conter custos com medicamentos