segunda-feira, agosto 01, 2011

Putin diz que EUA "parasitam" a economia mundial

Beijo entre Madonna e Britney Spears

A notícia

O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, considerou esta segunda-feira que os Estados Unidos abusam da sua "posição monopolista com o dólar" e que o compromisso para a dívida atingido em Washington apenas adia as reformas inevitáveis do sistema.

"Graças a Deus, [a desvalorização do dólar] não aconteceu, eles tiveram bom senso e responsabilidade. Mas, em termos gerais, não há grandes novidades, trata-se de um simples adiamento da tomada de decisões mais profundas", declarou Putin no Fórum "Seliguer-2011", que reúne juventude ligada ao Partido Rússia Unida.

Além disso, o primeiro-ministro russo assinalou que a dimensão colossal do défice do orçamento norte-americano mostra que "o país vive de dívidas".

"Isso significa que o país vive acima dos seus meios", precisou, acrescentando que os Estados Unidos "em certo sentido, parasitam a economia mundial".

Putin defendeu o aparecimento de novas divisas de reserva internacional, incluindo o rublo.

"E claro que o rublo irá conquistar o seu lugar digno", precisou, sublinhando, porém, que as possibilidades de uma moeda são determinadas pela qualidade da economia do país, e não pelas "notas".
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Nosso comentário

Esta notícia não surpreende, só vem confirmar que após uma grave crise mundial nada ficará como dantes.
Não sabemos se será desta que países como a China, o Japão, a Rússia, o Brasil, a França e outros, designadamente alguns países do Médio Oriente, estarão interessados em avançar com alternativas ao domínio da moeda norte americana que se arrasta desde a II guerra mundial, através dos acordos de Bretton Woods.
Que se vem falando nessa possibilidade é um facto, especialmente no abandono do dólar como moeda nas transacções de petróleo.

O chamado petrodólar seria substituído por um conjunto de divisas credíveis, tais como o yen japonês, o yuan chinês, o euro, o ouro, o rublo e uma nova divisa comum a alguns países do Golfo, Arábia Saudita, Abu Dhabi, Kuwait e Catar.

Para já, nada de concreto nos permite afirmar que sim ou que não, uma coisa parece certa, estamos num período da história em que tudo pode acontecer.
As afirmações de Vladimir Putin acabam por ser mais uma acha na fogueira da crise mundial.
Parecem, no entanto, palavras firmes e cheias de intenção, apesar de muitos poderem desvalorizá-las.
A China e a Rússia são actualmente detentores de muita "moeda norte americana" em virtude de serem credores da dívida dos EUA.
Tal facto, em nosso entender, poderá para já contrariar algumas intenções mais apressadas.

Com a foto acima, beijo entre Madonna e Britney Spears, apenas queremos ilustrar uma certa cultura que se tem desenvolvido no ocidente, que pode passar erradamente às gerações mais jovens um mundo de facilitismo, de fama, de ausência de limites.
Não sei se Putin está a aproveitar-se destas fraquezas ocidentais para afirmar que os EUA estão a parasitar a economia mundial e a viver acima das sua possibilidades, cheios de calotes.

Afinal uma ostentação de riqueza com pilares de barro?
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Fiquem bem,

António Esperança Pereira

2 comentários:

  1. A crise financeira global está a assumir proporções grotescas. Assusta pensar nas suas consequências seguramente irreversíveis. Faço votos para que impere o bom senso na mente de todos os governantes.

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  2. José grato pelo comentário.
    Pois é, isto anda um tanto às aranhas... de qualquer maneira, pior ou melhor, sempre se saiu das crises. Também se há-de ultrapassar esta.
    Um abraço

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