sexta-feira, agosto 12, 2011

"Galdérias" marcham no Porto contra "machistas"


'Galdérias' marcham no Porto "contra os machistas"

A mulher tem direito de querer ser mulher, respeitada, e de andar livremente vestida, sem que seja chamada de provocadora, oferecida, ou até mesmo de "galdéria". É contra este tipo de rótulos que, no próximo sábado, se irá realizar a primeira Marcha das Galdérias no Porto.

Esta marcha surgiu, inicialmente, em Toronto depois de um polícia ter dito que "as mulheres devem evitar vestir-se de forma provocante se não quiserem ser violadas”.
Primeira Marcha das Galdérias no Porto no próximo sábado
A indignação do mundo dos saltos altos espalhou-se como um rastilho e a 'Marcha das Galdérias' chegou a mais de 70 cidades, desde Sidney, a Londres e Brasília.

Depois de em Junho ter chegado a Lisboa, surge agora no Porto. A 'Marcha das Galdérias' ('slutwalk', nome de origem), tem como propósito apelar à "consciência social e ao direito à auto-çdeterminação sexual", e à "liberdade de poder sair à noite no Porto sem ser chateada", disse à agência Lusa, Carmo Pereira, parte do grupo organizador.

Tal como as restantes marchas deste género, "a marcha portuense centra-se na denúncia da violência de género e no combate ao discurso machista que objectifica o corpo das mulheres como uma provocação que justifica a agressão".

No próximo sábado, várias outras marchas terão lugar, um pouco por todo o Mundo, de Berlim a Washington. O percurso desta marcha está marcado para as 22h30.
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COMENTÁRIO À NOTÍCIA MAIS VOTADO

"No degredo que algumas mulheres se tornaram..."

1904
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O nosso comentário

É sempre difícil comentar acontecimentos pioneiros. No entanto, o papel da mulher nas gerações anteriores mais próximas, tem-se pautado mais pela contenção, pelo equilíbrio, pelo sentido de pudor.
A sociedade privilegia a figura da mãe, da esposa, da professora, da senhora, da irmã, ou seja a mulher com princípios de sã moralidade.
Sempre que haja excessos ela, mulher, tende a ser recatada colocar água na fervura, ser o pilar da Família, base em que assenta a nossa sociedade.
Mesmo considerando movimentos feministas de apelo a liberdades individuais, emancipação da mulher, apelo ao amor livre, em nada se têm comparado aos movimentos recentes, movimentos que se vão instalando no nosso quotidiano.

Dou como exemplo à toa, as paradas de gays e lésbicas que se vêm realizando um pouco por todo o mundo.

Sabe-se que os festivais do vale tudo vieram para ficar entre a juventude.
Daí que o comportamento da mulher, desde muito jovem, se vem alterando radicalmente: a liberdade de movimentos, a maneira de vestir, de namorar, de romper um relacionamento, etc.
Perante tal estado de coisas a que se vem assistindo, só falta mesmo assumir exteriormente algo que tem sido ora mostrado ora escondido.
Interessa aos bons costumes divulgar o lado santo da mulher, não o lado "galdério".
Interessa também às mulheres manter esta hipocrisia que beneficia muitas delas.
Daí, pergunta-se: por que não assumir-se definitivamente o que se é em vez do que tem que parecer que se é?

Quem as quiser assim, às mulheres, tem-nas, quem não, temos pena!

Por definição o NOVO é sempre chocante. A tradição não é o NOVO, é o que está, portanto o conceito velho.
Assim, a tudo o que aparece, que é diferente dos nossos hábitos, ensinamentos, costumes, é logo apelidado de nomes, se possível condenado à nascença. A comunidade reage, à partida é intolerante, pouco aberta, defensiva, por vezes ofensiva mesmo!
A nossa intenção aqui não é de condenar, antes pelo contrário: é de aceitar, ver para crer como dizia São Tomás.
Se a ideia das "Galdérias" for boa, ganhará pés para andar e no futuro nem será preciso o protesto.
Aceitar-se-à a "nova Mulher" saída do que antes fora um protesto.
A adaptação posterior e o desenvolvimento natural das novas interacções sociais farão o resto.
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É bem menos chocante esta marcha, mesmo para os mais sensíveis, do que um governo estrangeiro de TROIKAS OU DOIKAS OU XUPAS OU ROUBAS, governar Portugal. sr 1.º ministro de Portugal!!!! Onde isto já se viu na História de Portugal, sem que o mesmo fosse corrido pelo menos à padeirada?

Fiquem bem,

António Esperança Pereira

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