
Havia uma anedota, se é que se pode chamar de anedota, que facilmente passaria despercebida não fosse a desproporção dos intervenientes.
Passava-se à beira de um rio em que uma minúscula pulga queria passar para o lado de lá, para a outra margem. Coitada não sabia como fazer.
Até que vagarosamente vê chegar um elefante. Embora receosa, ganha coragem para pedir ao elefante que a levasse para a outra margem.
O elefante olhou para a “coisinha minúscula” pensou duas vezes e retorquiu: “vá lá sobe”
Claro a pulga ficou toda contente, rapidamente aos saltos se instalou em cima do elefante. Este lá se meteu vagaroso mas possante às águas do rio levando em seu dorso a pulguinha.
O seu tamanho permitiu caminhar pelo rio e atingir a outra margem sem dificuldade.
Chegada ao lado de lá, logo a pulguita se apeou e educadamente se dirigiu a senhor elefante dizendo:
“obrigado sr. Elefante, foi muito simpático, nunca o hei-de esquecer.”
O elefante olhou para ela, limitou-se a dizer: “obrigado não, agora calcinhas abaixo.”
Pois é, esta anedota ou pequena história, como lhe queiramos chamar, tem tudo a ver com a actualidade político-económica e social.
Os grandes ajudam os pequenos, depois cobram.
Como na história veja-se a desproporção.
Os mais grandes montam os mais pequenos e dói mesmo. A pequena pulga com o elefante em cima que o diga coitada!
Tal como a pulga, assim estão Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália… montados por terem sido ajudados.
Seguir-se-ão muitas pulgas ajudadas para serem papadas a seguir.
Creio que é chegada a hora, se os elefantes continuarem a proceder assim, de se preparar uma resposta das pulgas.
Uma espécie de revolta das pulgas. Era capaz de ser interessante e colher apoios internacionais, sabe-se lá?
É que aquela anedota/historiazinha também se conta ao contrário...
Ao caso, trata-se de uma elefanta que ajuda um pulgo a passar o rio.
No fim da travessia é o pulgo em cima da elefanta quem diz, quando esta levanta a tromba e grita, esfregando-se de contente: “estás lá a senti-lo estás?”
Pois é... haja bom senso entre presas e predadores, se não, quando menos se esperar, pode acontecer o pior.
-------------------------------------------------
Fiquem bem,
António Esperança Pereira
Adorei a analogia entre a pequena história e o actual contexto político-económico social. O "toma-lá dá cá" a que se vai assistindo pela europa pode sem resultar sem dúvida em respostas/revoltas dos menos favorecidos. Faço fotos para que prevaleça o bom senso.
ResponderEliminarJosé obrigado pelo comentário.
ResponderEliminarÉ isso, oxalá a corda não estique tanto que aconteça mesmo a "revolta das pulgas"
Um abraço