A notícia
Jake Boyer, estudante da escola secundária de Blacksburgo, foi coroado a rainha do baile do ano 2011.
Boyer, secretária da turma, membro do coro e editor da revista literária da escola foi o primeiro rapaz a ser coroado rainha do baile. “Foi uma experiência social e muito interessante” comentou a nova rainha do baile.
De acordo com os estudantes, Jake é uma pessoa sociável e bem conhecida em toda a escola. O homossexual, que escondeu a sua orientação sexual por um ano, decidiu manifestar-se quando soube que os seus familiares e amigos já sabiam e o apoiavam.
“Decidi assumir-me neste último ano porque sabia que todos estavam abertos para isto aqui na escola” disse Boyer, acrescentando que, “o concurso de rainha do baile foi uma oportunidade de me manifestar publicamente”.
Durante o evento, Jake travestiu-se como Lady Gaga.
Para os que não o aceitaram, defendeu-se citando Lady Gaga: “I was born this way” ("nasci assim").
A nova rainha, que se vai graduar em breve, pretende fazer um curso de teatro em Pace University, em Nova Iorque.
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Nosso comentário
Os Estados Unidos da América brindam-nos a toda a hora com notícias extravagantes.
Já estamos habituados a que tal aconteça.
Só que "a cara não liga com a careta" e situações de extrema hipocrisia alternam com essa abertura quase "despudorada" para "mundo consumir".
O filme "beleza americana/american beauty" mostra-o muito bem.
Dois pesos e duas medidas.
O mundo ocidental esforça-se por copiar a receita americana, fá-lo como pode, só que dá-me ideia que tanta extravagância acarreta algo de oco, de decadente, de humano de plástico, que custa cada vez mais a entender.
A notícia acima, mesmo para quem nada tem contra o mundo dos afectos como eu, gay ou qualquer outro, cheira muito a decadência do mundo ocidental.
Decadência de orientação, de verdade, de transparência, de valores, de rumo.
Talvez esta crise, a que os EUA não são imunes, antes pelo contrário, venha ajudar a por mais a nu o que é o quê, quem é quem?
Como estamos em tempo de eleições legislativas em Portugal, 5 de Junho, que ditarão o futuro Primeiro Ministro, e aproveitando o contexto do tema em notícia, a pergunta que faço é esta:
Se por acaso o candidato que ganhasse as eleições fosse gay, como se iria chamar?
Primeira Ministra? mesmo sendo "homem de aparência" e "vestir à homem"?
ou travestir-se-ia ele de "lady gaga" como o Jake Boyer da notícia para, após o acto eleitoral ser coroado de "a rainha da festa"?
Trocar os nomes às coisas baralha os hemisférios, eu acho!
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Fiquem bem,
António Esperança Pereira
É caso para dizer "não havia necessidade".......
ResponderEliminarRealmente que mais casos insólitos estarão ainda para aparecer...
por este andar cada vez fica mais complicado
ao comum mortal, saber até onde vai a fronteira do "normal".
Eu, pessoalmente, começo a ficar cada vez mais confusa,é que não estou preparada para tanta "variedade" de casos e situações
bizarras!!!!!
Parabéns,uma vez mais,por criares notícias actuais e que nos fazem
pensar.
Bj Leta
Leta obrigado pelo comentário e presença no blogue.
ResponderEliminarTento fazer uma apreciação político-social, também pessoal, séria e poética ao mesmo tempo, de um ou outro facto, nada mais que isso. Às vezes apetece-me fazer caricatura da vida. Extrair de cada facto o lado "macaco", aquilo que pensamos, mas não temos coragem de dizer.
Escrever faz bem, comentar também, considero cada comentário uma afirmação de cidadania com liberdade.
Oxalá esta liberdade de "se poder ser", dizer-se o que se pensa, nunca mais falte, que não volte mais a censura do pensamento.
Um abraço