
Notícia 1
Angelina Jolie voltou a juntar-se ao português António Guterres para alertar para o problema dos refugiados. A actriz fez uma visita surpresa a Lampedusa, a ilha do Sul de Itália que tem recebido milhares de africanos à procura de uma vida melhor.
"É difícil, ao ver este belo mar, pensar em todas as pessoas que arriscaram e perderam as suas vidas, as suas e as dos seus filhos", declarou Jolie, que é embaixadora das Nações Unidas e tem por várias vezes chamado a atenção para o problema dos refugiados. "Como deve ser horrível ter de decidir embarcar nestas condições, correndo o risco de morrer de fome ou de se afogar."
Sempre acompanhada por António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, Angelina Jolie não escondeu a sua emoção durante a visita. A actriz agradeceu ainda o acolhimento que tem sido dado aos africanos, maioritariamente vindos da Tunísia e da Índia, por parte dos habitantes de Lampedusa. "Não podem imaginar o que vocês representaram este ano para todas as pessoas que buscam desesperadamente uma ajuda."
Estima-se que só neste ano tenham chegado a Lampedusa mais de 18 mil refugiados, sendo que mais de 1.800 terão morrido afogados no Mar Mediterrâneo só nos primeiros seis meses de 2011.
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Notícia 2
"Portugal tem dificuldades em acreditar no que é seu"
Sofia Escobar pode orgulhar-se de ter uma carreira de sucesso em Londres.
Regressa precisamente nesta terça-feira ao palco do popular "O Fantasma da Ópera", depois de umas férias em Portugal, para arrancar mais aplausos a ingleses e não só. O musical é apenas mais uma peça num puzzle cheio de êxitos.
Ela já tem a crítica londrina a seus pés, conquistou um prémio de Melhor Actriz de Teatro Musical em Inglaterra e foi nomeada para o cobiçado troféu Laurence Olivier.
Está a viver o sonho da sua vida, diz. Não fossem as saudades de Guimarães e o mundo seria um lugar perfeito. Assim, está quase lá, como contou, numa entrevista por e-mail, ao Starlounge.
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Nosso comentário
Acho que a Sofia Escobar tem carradas de razão no que diz. A talentosa actriz de Guimarães sabe do que fala.
Os portugueses se alguma característica negativa têm bem acentuada é a inveja.
Podia acrescentar-lhe a tristeza de negro escuro, mas isso são outros fados.
É verdade, somos invejosos e é muito feio ser-se invejoso.
Basta aparecer alguém acima da média, em variadíssimas áreas, deixa logo de ter lugar nesta nossa nação que tanto precisa da talentosa e inúmera gente que acaba fazendo figura ao serviço dos outros.
Andam pelos EUA, pela França, pelo Reino Unido, pelo Canadá, pela Espanha, pelo Brasil, pela Rússia, por tudo quanto é canto do mundo.
Os que ainda não levaram o pontapé dos seus invejosos pares, ou se sentem mal por não lhes serem reconhecidos talentos, ou estão preparando a trouxa para zarpar.
Tal como a Sofia Escobar, sei que amam o seu país e voltarão.
Nem que como ela seja só para matar saudades e passar férias.
Preferia que fossem criadas condições para aproveitar mais gente dessa.
Que ficassem por cá mais desses melhores, embora compreenda que, com o factor globalização, tal seja cada vez mais difícil.
Todavia, tenho para mim que não será suprimindo Ministérios como o da Cultura, o do Trabalho, separando deste a Segurança Social, dando prioridade a Gestores de Saúde (técnicos de números em vez de médicos ou outros agentes directos da saúde) que Portugal dará o passo qualitativo para o pôr no lugar que merece: entre os melhores.
Que não seja a inveja a minar um caminho de modernidade, de novas tecnologias, de novas soluções, de um estado social com índices de evolução por vezes melhores, mesmo quando comparados aos dos EUA.
Que a crise não seja desculpa para que alguém, seja quem for, leve Portugal para pior.
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Uma palavra para o dr. Fernando Nobre:
Como político comportou-se um tanto à deriva, era e não era, queria e não queria, sonhava e não sonhava...enfim, sem qualquer rumo. Isso via-se, sentia-se, daí não ter atingido os objectivos ambiciosos a que se propunha, mesmo levado ao colo a partir de certa altura.
Todavia, se não dá para político, tem provas dadas como médico reputado internacionalmente, como pessoa solidária, e essas provas dadas e qualidades próprias são dignas de enorme apreço.
Qualquer português lhe reconhece isso.
Ponha-as, pois, ao serviço de Portugal, caso queira e os invejosos deixem.
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Fiquem bem,
António Esperança Pereira
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