Nosso comentário:
Sem dúvida alguma que os tempos mudam. Os efeitos dessa mudança refletem-se em tudo. Nas pessoas, nos seus hábitos e costumes, na paisagem, nos utensílios, na moldura do horizonte que nos cerca.
Assim, quer olhando a história de um passado longínquo, quer a história mais próxima e recente vivida e presenciada por cada um de nós, somos levados a concluir que há caminho, que há evolução, progresso, mudança, nunca nada num dado presente, fica como dantes.
Daí ser exagerado falarmos em retrocesso, numa espécie de regresso ao passado, quando analisamos com preocupação séria o que se está a passar no nosso país.
Nunca ninguém nem coisa alguma regressou alguma vez ao passado.
Daí que podemos estar descansados com a certeza que a história nos dá de que nada voltará a ser o que era dantes.
Salazar não voltará. Os ditadores idos, as guerras idas, os massacres e execuções perpetradas por loucos de antanho não regressarão jamais.
Daí que, a haver regressão, nunca ela será capaz de nos levar ao passado.
Pode sim a loucura de algum ou alguns, levar-nos a situações semelhantes, aparentadas com outras que se viveram, perderem-se avanços sociais, políticos, económicos, jurídicos, etc. por apagão dos mesmos, podem até tentar fazer o mesmo que outros fizeram.
Mas uma coisa nos pode descansar: o tempo (neste conceito) anda para a frente, e, pará-lo ou fazê-lo andar para trás, é impossível.
Logo, podemos ter líderes maus, péssimos, uma crise assustadora, um mundo que nos parece à beira da catástrofe, mas...
sempre ouve épocas assim, turbulentas, difíceis, quezilentas, gente mais capaz e gente menos capaz, homens sãos e homens loucos e não foi por causa disso que a corrente inexorável do tempo deixou de continuar o seu caminho.
Desenganem-se pois os que cuidam que é possível levar-nos do séc. XXI outra vez ao séc. XX.
Não vão conseguir, nem com artes de "magia branca" nem com artes de "magia negra".
Apesar do romantismo da historia que deixo abaixo, ela é o exemplo perfeito e simples do que acabo de dizer-vos
Fiquem bem, António Esperança Pereira
CACILHAS
Origem do nome
Em tempos longínquos, em que não
havia pontes entre Lisboa e Cacilhas, o barco era a única maneira de atravessar
o rio Tejo.
A origem do nome Cacilhas lembra
essas alturas em que, quando as pessoas saíam do barco, tinham Burros à espera
de passageiros para darem umas voltas por Almada.
Quando se preparava o burro para
um novo passeio, o dono dizia "Dá cá cilhas", e assim nasceu,
CACILHAS.
Desde o final do séc.XIX até ao
princípio dos anos 30 do séc.XX, as burricadas eram um grande atrativo
turistico!
Os Lisboetas, aproveitavam o
facto de o comércio estar aberto ao domingo em Cacilhas, para se deliciarem com
um passeio de barco e almoçarem marisco ou peixe nas tascas ribeirinhas.