sábado, março 03, 2012

Manconha, cultivo em Espanha salda dívidas...

A câmara municipal da pequena cidade de Rasquera, na Catalunha espanhola, aprovou nesta quarta-feira (29/03) uma medida polêmica para atenuar a crise e saldar a dívida do município, estimada em 1.336 milhão de euros (ou 2,9 milhões de reais): o aluguel de terrenos para o cultivo de maconha.
Para a administração da cidade agrícola, de aproximadamente 900 habitantes, essa iniciativa poderá gerar 50 postos de trabalho diretos ou indiretos, e evitar o êxodo da parcela mais jovem da população para outras regiões. As informações são do jornal espanhol El Mundo e da revista portuguesa O Público.
A iniciativa da lei foi da ABCDA (Associação Barcelonesa Canábica de Autoconsumo), um clube com fins lúdico-terapêuticos formado por 5.000 sócios, que negociou com a prefeitura local durante oito meses. O grupo se propôs a pagar 36 mil euros (82 mil reais) pela assinatura de um convênio com o município, bem como outros 550 mil euros (1,2 milhão de reais) anuais pelo arrendamento do terreno. Para a associação, a plantação poderá atrair um grande número de interessados a Rasquera. Nada garante, no entanto, que outra empresa não possa concorrer com a ABCDA para utilizar o terreno para os mesmos fins.
A ABCDA ficaria encarregada apenas do cultivo. O consumo, no entanto, só será permitido aos seus sócios, que teriam de ir à cidade. Na Espanha, o consumo de maconha é descriminalizado, mas a comercialização (ou o tráfico) é ilegal.
Para Bernat Pellisa, prefeito de Rasquera, do partido ERC (Esquerda Republicana da Catalunha) a iniciativa serve como “um grande medidor da hipocrisia da sociedade”. “Ao se legalizar o consumo racional da maconha, o narcotráfico deixa de lucrar. Os benefícios terapêuticos da substância poderão ser investigados, o que poderá ser revertido em benefícios até mesmo na segurança social”, afirma.
Pellisa afirmou que, na próxima semana, será realizada uma assembleia composta por cientistas, médicos e advogados para explicar a medida à população. “O poder público não começará a plantar maconha, apenas vai regularizar algo que já existe”. Ele afirmou que, após uma série de estudos, uma empresa pública irá determinar a quantidade de marijuana que poderá ser consumida por pessoa.
O prefeito disse que o projeto recebeu o apoio de um grupo de aproximadamente cinquenta vítimas de câncer e fibromialgia, que querem utilizar a substância para fins medicinais.
O líder municipal também garante que o dinheiro que entrará nos cofres públicos servirá, principalmente, para reativar o serviço de reciclagem de lixo, que foi paralisado por falta de verbas.
Já o líder da oposição, Bernat Farnós, da CiU (Convergência e União) pediu um referendo popular para decidir a questão e declarou que esta é uma iniciativa “no limite das atividades ilícitas”. O departamento de Interior da Catalunha afirmou que deverá levar a questão à Justiça.
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México captura fabricante de drogas sintéticas fugitivo da justiça dos EUA

A secretaria mexicana de Segurança informou, em 14 de fevereiro, a captura de um produtor e distribuidor de drogas sintéticas ligado ao cartel de Sinaloa, fugitivo da justiça dos Estados Unidos.
Jaime Herrera Herrera, vulgo “El Viejito”, foi detido no dia 13 do mesmo mês em Culiacán, estado de Sinaloa, no noroeste do país. Ele foi identificado como “um dos principais produtores e distribuidores de drogas sintéticas a serviço” do cartel liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán.
“Herrera é fugitivo das autoridades dos Estados Unidos por ter antecedentes em diversos estados relacionados a suas atividades criminosas”, explicou a secretaria em um comunicado.
A instituição informou que o indivíduo havia sido preso no país vizinho nos anos 90, mas estava em liberdade sob fiança e escapou para o México, onde em 2002 “instalou seu centro de operações em Culiacán para fabricar drogas, as quais enviava via terrestre para Los Angeles, Califórnia.
“Segundo as investigações, em 2008 ele se abastecia de precursores químicos provenientes da China e da Guatemala. Para isto, possuía três pequenas aeronaves nas quais transportava a droga sintética” para os Estados Unidos.
Atualmente, ele usava dois ranchos perto de Culiacán para produzir metanfetaminas, acrescentou o boletim.
Junto com ele foi detido outro membro de seu grupo, e apreendidos 147 pacotes com um total de mais de 200 quilos de metanfetamina.
Na semana anterior as autoridades mexicanas anunciaram um golpe “histórico” contra o narcotráfico ao encontrar mais de 15 toneladas de metanfetaminas e de substâncias para a fabricação de drogas sintéticas em Jalisco, no oeste do México.
A apreensão ocorreu no momento em que a Agência da ONU contra a Droga e o Crime advertiu que os cartéis estão se voltando para a produção de drogas sintéticas, ao que tudo indica um negócio mais atraente do que a cocaína.
Desde 2006 já foram desmanchados 646 laboratórios de drogas sintéticas e apreendidas mais de 45 toneladas de metanfetaminas, de acordo com um informativo militar divulgado no início de fevereiro.
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Nosso comentário

A notícia sobre a autorização do plantio de manconha numa cidade da vizinha Espanha, Rasquera, Catalunha, levou-nos a estabelecer um estranho paralelismo:
O que se vem passando com as atividades ligadas ao mundo da droga em países da América do Sul e Central, designadamente Colômbia e México.

Assim à primeira vista, designadamente no que concerne ao México, sempre estranhámos o porquê de um tão vasto território, populoso, com riquezas próprias, não ter um maior papel na cena mundial, nem mesmo regional.
Ainda por cima com amplas fronteiras com a maior potência mundial, os Estados Unidos da América...

Há um ditado popular que diz: "diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és", logo o México, país vizinho dos E.U.A. haveria supostamente de valer algo mais do que uns quantos cartéis de droga, prostituição, turismo de recreio, não?
Parece que não. Ali o ditado não funciona.
Todos os dias chegam notícias como a que se apresenta acima que indiciam que o mundo das drogas assentou arraiais naquelas paragens para ficar.

Por demais evidente o tal problema Norte/Sul, ricos e pobres... dinheiro só com um sentido, capitais excedentes aplicados sempre da mesma forma, agravando o fosso já existente entre dois mundos dia a dia mais distantes um do outro: Norte/Sul, Ricos/Pobres.
Europa meu amor, seguirás os passos da América do Norte, Central e do Sul?
Países do norte a enriquecer cada vez mais, os do sul a terem que se desengomar para sobreviverem?

Será o exemplo dado acima na vizinha Espanha com ao plantio de manconha, um exemplo prático da sobrevivência futura dos países do sul da Europa? um prenúncio de cartéis, de prostituição, de turismo de recreio e lazer para os "RICOS DO NORTE"? uma Europa do Sul rendida, "flodida" e mal paga?
Um caso interessante para meditar, quiçá para agir, enquanto é tempo, a manconha é pouca e a "floda" se aguenta.
Digo eu...
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Fiquem bem,




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