Apesar de o milagre se chamar Verão
e haver mar e sol e praia
e os corpos se sentirem bem
não deixo de reparar
ideia breve sobre aqueles corpos breves
na sucessão de vida que a praia é
mais evidente porque despida
vê-se ali de tudo
o que acaba de nascer
o jovem eterna ousadia
em mar que lhe rouba a vida
o que já ganha barriga
o que vai perdendo a corrida
curvando e encolhendo de cansaço
vida breve em corpo breve
se não aligeirasse o realismo
ampliando a visão ao interior da alma
mais pareceria
um desfile condenação por fases
onde o futuro
pouco
se mediria em um verão
uns quantos verões
em férias ilusões de condenados
quero crer que vejo apenas o lado visível do invisível
a vida não pode esgotar-se no par de tetas secas
da turista
ou no rapaz incauto
ou no homem barriga farta que se arrasta
nem no resto que vejo
quero crer que para lá disto tem que haver mais
porque se não acreditasse nisso
ia para casa triste
não haveria deus e a eternidade
e eu interrogar-me-ia
sobre o que se anda cá a fazer
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