quarta-feira, janeiro 17, 2007

um pouco acima dos quarenta

Que oferecer a uma jovem como tu
a uma flor nascida primavera
no dia em que faz anos

não sei dar prendas nunca o soube
e se alguma coisa hoje sei aprendi contigo
para mim dia de anos ou dia de entrudo
eram dias que passavam como os outros
nada mais

e deambular por uma loja um armazém
em busca de prenda por encontrar
põe-me tonto
tão saído de mim
que prefiro nem contar
num tempo em que toda a gente tem jeito para isso

lembrei-me então de te comprar
tolice minha
ou talvez não
bilhete para entrada em discoteca
bilhete cor garrida pois então
como as roupas interiores de noite de folia

pareceu-me bem quebrar o ritmo
que se tem
entrar no fumo na loucura
numa bebida quente
em local votado a exageros

assim
se sentires o corpo quente com a dança
inebriado com o vinho
perdido no desejo

não te espantes

é sinal que a vida
hoje como ontem
vive em ti
e não tens idade

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