quarta-feira, janeiro 17, 2007

sala privada de bilhar

As recordações desfilam na memória
qual enxurrada
que se abate encosta abaixo
arrasta pedras lama troncos secos
também algumas flores

o futuro estava ainda longe

bolas de bilhar tão mágicas
os sons que as acompanhavam
as asneiras
a falta de dinheiro
as ameaças
os amigos
as brincadeiras a brincar
outras a sério

que saudades que dá
a bica
o bagaço
o cigarro
os ânimos exaltados
um taco voando
as cadeiras gemendo
um candeeiro partindo

o chega para lá na falta de espaço

o bilhar será sempre
um sítio cheio de putos
vida por saber e tempo
muito tempo por gastar

gosto de imaginar esse tempo
como uma enxurrada forte

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