sábado, janeiro 27, 2007

correndo

Sou ave que voa á sua maneira
não tenho voo certo
nem a altitude é sempre a mesma
nem o rumo

quando paro fico estranho
e se ficasse assim parado
um qualquer trem carro ou autocarro
acabaria passando em cima de mim

sem asas para voar
sem meios para fugir

prefiro por isso não parar
porque a vertigem do movimento
dilui mais tudo
até o sofrimento
e as cores do raciocínio

disfarço mais o desacerto
correndo

como que pertenço
à terra que foge
ao tempo que escapa

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