Não é novidade para ninguém, especialmente para quem seja português, que continua a acontecer de tudo um pouco na vida política deste país.
O Senhor Presidente da República em ato público chama "cidadões" aos cidadãos lá por terras do Alto Minho. Isto enquanto resguarda as asneiras dos últimos tempos com a intervenção da Troika preferindo chamar-lhe "milagre de N.ª Sr.ª de Fátima"...
Depois, convoca um Conselho de Estado de caráter premonitório, ou seja, tendo por tema o período pós-troika...
Isto em vez de agendar falar do presente bem negro e difícil, com o intuito de tentar com inteligência contornar as dificuldades, ajudar a encontrar soluções, pôr fim a este pesadelo.
A sua popularidade está pelas ruas da amargura, podendo dizer-se que nunca nenhum outro PR tivera uma popularidade tão baixa.
Por outra banda, embora seja tudo farinha do mesmo saco, são os governantes que não se entendem, não têm um rumo, não têm um plano.
Dizem e desdizem, apregoam medidas desconexas, umas que era para serem mas já não são, outras são mas não se sabe como vão ser, outras ficam em estudo, outras só serão se tiverem que ser...
Enfim, uma confusão pegada que traz a população assustada, incapaz de saber o que fazer a curto e médio prazos. Anunciam-se e aplicam-se cortes, impostos, nunca suficientes para satisfazer os glutões que enviam amiúde os seus técnicos medianos (técnicos dos credores, UE, BCE, FMI) técnicos esses que vêm dizer ao governo de Portugal o que tem que fazer.
Nem sequer é gente de gabarito que dá ordens a Portugal. São uns técnicos quaisquer apenas nomeados para fazerem o trabalhinho.
Ao que nos deixámos chegar!
Tudo manda em Portugal.
É a OCDE, a União Europeia, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Central Europeu, o ministro das finanças alemão, etc.etc.
Assustam os governantes, os governantes assustam-nos a nós, o medo paira e impera na vida de um país que era soberano e progredia a olhos vistos até há pouco tempo.
PS. Pois, tal como Portugal está mudado, mudado também está o sentido da expressão que lhes apresento abaixo. Leiam e confirmem: "
Fiquem bem, António Esperança Pereira
"Tirar o cavalinho da Chuva"
No séc. XIX, quando uma visita ia
ser breve, o visitante deixava o seu cavalo ao relento, em frente à casa do
anfitrião.
Caso a visita fosse demorada, o
cavalo era conduzido para os fundos da casa, para um lugar protegido da chuva e
do Sol.
Contudo o convidado só podia pôr o
seu cavalo abrigado da chuva, se o anfitrião achasse que a visita era simpática
e agradável.
Então o anfitrião dizia ao seu
convidado:
-Tire o seu cavalo da chuva...
Com o tempo, a expressão passou a
designar a desistência de algo.
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