quinta-feira, maio 16, 2013

António Aleixo e a moral ruim...


Nosso comentário:


Achei oportunas estas quadras do genial poeta popular António Aleixo que me foram enviadas via email.
Partilho-as, não só pela beleza e atualidade das mesmas, mas também porque, tanto quanto me consta, se aproximam novas jornadas de luta de um povo descontente, indignado e revoltado.
Jornadas de luta de novos e velhos, empregados e desempregados, solteiros e casados, homens e mulheres, que integram esta Nação Lusa que não aceita de forma nenhuma o que lhe estão a fazer com todo o descaramento e mau caráter, num trocatintismo de medidas que ninguém sabe as linhas com que se cose. 
Nem ricos, nem pobres, nem remediados.
Uma governação que muda as regras do "jogo" todos os dias. 
Hoje é assim, logo já não é, amanhã volta a ser. Depois de amanhã logo se vê, estamos a estudar o que fazer...
Uma loucura, um pântano, como alguém lhe chamou.
Ninguém se conseguirá aguentar de forma digna e equilibrada desta maneira.
Porque, nos dão a escolher entre o "mau" e o "mau com nuances".
A ameaça sempre a mesma: as "tranches dos credores da Troika" podem não chegar se não fizermos os trabalhos de casa como eles nos dizem para fazer. Ou seja ceder a tudo o que "ordenarem", mesmo sabendo-se que não há atualmente economista que se preze na Europa e/ou nos EUA que defenda a austeridade para vencer e ultrapassar a crise.
Só na óptica da governação, a austeridade é obsessão. Apesar de mal tratados e ofendidos, temos de ser bons meninos e não refilar.
Tudo isto é péssimo para estabilizar o que já de si (a crise) destabiliza.
Termino, para não me alongar, com o que diz a primeira foto que apresento:
"Só os burros estão dispostos a sofrer sem protestar!



Fiquem bemAntónio Esperança Pereira












 CINCO QUADRAS DO ANTÓNIO ALEIXO
Acho uma moral ruim
trazer o vulgo enganado:
mandarem fazer assim
e eles fazerem assado.

Sou um dos membros malditos
dessa falsa sociedade
que, baseada nos mitos,
pode roubar à vontade.

Esses por quem não te interessas
produzem quanto consomes:
vivem das tuas promessas
ganhando o pão que tu comes.

Não me dêem mais desgostos
porque sei raciocinar...
Só os burros estão dispostos
a sofrer sem protestar!

Esta mascarada enorme
com que o mundo nos aldraba,
dura enquanto o povo dorme,
quando ele acordar, acaba.

António Aleixo

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